Giselle Itié revela estupro e depressão na adolescência: 'Me perdi de vez'
Giselle Itié estreou nesta semana o videocast Exaustas, ao lado das amigas Samara Felippo e Carolinie Figueiredo. E logo no lançamento, ela falou sobre os abusos que sofreu na infância.
O que aconteceu
A atriz diz que os abusos começaram quando ela entrou na adolescência. "Eu tinha 12 anos. Meu corpo era um espaço público invadido por olhares lascivos, gemidos, toques, mãozadas e por aí vai. Não consigo falar detalhadamente de cada situação, porque vem a sensação de o meu corpo ser nojento", relembrou.
Sua saúde mental piorou quando seu primeiro namorado tirou a própria vida. "Eu comecei a questionar o meu lugar na vida. Quanto mais eu me tornava mulher, mais objetificada eu era. O vácuo foi crescendo e eu comecei a me machucar. De verdade, me cortar... Até que eu tentei tirar a minha vida. As várias situações que me atravessavam só me confirmavam o quanto o meu corpo era nojento, culpado."
Aos 17 anos, foi estuprada. "Foi nesse momento que eu me perdi de vez e compreendi o quanto eu era oca. Eu só fazia me castigar, como se eu fosse culpada. E foi no silêncio que o meu corpo gritava e pedia socorro. Passei a ter uma depressão profunda, anorexia nervosa, bulimia, eu me cortava, tudo o que eu queria era desaparecer de vez."
Giselle chorou fazendo o relato, e as amigas deram apoio. "Eu nunca tinha ouvido você falar dessa forma", comentou Samara. Carolinie acrescentou: "Eu também não, fiquei muito chocada".
Em entrevista a Splash, Giselle Itié explicou por que decidiu falar pela primeira vez sobre o caso. "Não é necessário só para mim, mas para todas nós. Quando uma mulher ou um homem escuta, e já passou por isso, eles se sente acolhidos também", argumentou. Mesmo sabendo do propósito, a atriz teve dificuldades no dia da gravação:
Um dia antes, eu decidi escrever para organizar as emoções e contar. A ideia era contar a história, mas quando cheguei no estúdio no dia eu falei: cara, não tenho condições. Comecei a chorar igual uma menininha antes da gravação. Então decidi ler. Giselle Itié
Caso você ou algum conhecido precise de ajuda, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV), que dá apoio emocional e preventivo ao suicídio. Ligue para 188 (número gratuito) ou acesse www.cvv.org.br.
6 comentários
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Fabio Luis Campadello
Pessoas do bem essas que comentaram abaoxo, nossa que beleza suas ideias
Ricardo Rossi
Huuuummmmmm quem não te conhece que te compre!
Henrique Henrique
cei! enquato era jovem se vendeu com o corpo. hoje, na terceira idade é uma virgem recatada