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Sem lutar desde junho, Pedro Munhoz diz que 2 rivais recusaram luta no UFC

Pedro Munhoz tenta acertar Cody Garbrandt durante UFC 235 - Isaac Brekken/Getty Images /AFP
Pedro Munhoz tenta acertar Cody Garbrandt durante UFC 235 Imagem: Isaac Brekken/Getty Images /AFP

Carlos Antunes, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

10/01/2020 06h00

Pedro Munhoz, que não atua desde junho de 2019, mira iniciar o ano já em atividade e contra os tops da categoria peso-galo (61 kg). Atento ao andamento da divisão, o brasileiro revelou que já aceitou dois adversários nos últimos meses, mas tem contado com a resistência deles a ponto de ainda não ter um próximo rival pela frente. De acordo com o brasileiro, Cory Sandhagen e Cody Stamann recusaram enfrentá-lo nos eventos de fevereiro e março.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o atual número seis do ranking da categoria afirmou que se colocou à disposição do UFC para estar em ação nos primeiros meses do ano. Porém, ele afirma que até definirem o próximo adversário de Henry Cejudo, atual campeão da divisão, a escolha do seu oponente deve ser adiada. Dessa forma, o peso-galo pretende desafiar quem sobrar nessa dança das cadeiras no topo.

"Me propus a lutar com o Cory Sandhagen, caso o Frankie Edgar se machucasse na luta dele com o Chan Sung Jung. O Edgar lutou, se machucou, saiu da luta e o UFC entrou em contato comigo perguntando se lutaria no dia 8 de fevereiro com o Cory. Eu aceitei a luta, mas ele e a equipe... A negociação começou a andar, mas deram um passo para trás. Ele almejava lutar com o Edgar e se não pudesse a outra que queria enfrentar era o Dominick Cruz. Não deu certo. Aí o UFC entrou em contato comigo novamente para eu lutar dia 7 de março contra o Cody Stamann, que é o atual número 11. Aceitei a luta e depois de uma semana de negociação ele e sua equipe não aceitaram. Acho que até fevereiro terei uma data e um adversário", afirmou o lutador de 33 anos.

Em sua última apresentação, Pedro Munhoz foi derrotado por Aljamain Sterling, por decisão unânime dos jurados. O brasileiro, inclusive, confia que faria uma luta melhor caso tivesse uma nova chance diante do americano. No entanto, ele sabe que a disputa por um combate contra seu último algoz é acirrada, com Petr Yan e Cory Sandhagen à sua frente no ranking e podendo pleitear essa luta.

"O Sterling foi estratégico, evitou a trocação franca como todos nós vimos. Seria uma boa uma nova luta entre a gente. Algumas coisas eu ia mudar na estratégia. Fui com muita sede ao pote e ele fez a estratégia de evitar o duelo e pontuar. Mudaria muita coisa se tivesse uma nova luta entre a gente", disse, antes ressaltar sua evolução no UFC.

"Treino todos os dias sempre com a intenção de melhorar. A cada luta venho mostrando alguns fatores técnicos e evoluído na experiência, no modo geral. Todas as derrotas trazemos aprendizado. E o UFC é a Copa do Mundo. Não é igual ao boxe, que tem aquelas lutas de aquecimento. Estou indo para a 14ª luta na organização e todas foram uma guerra. É o lugar onde estão os melhores do mundo", afirmou o paulista.

No Ultimate desde 2014, Pedro Munhoz possui oito vitórias, quatro derrotas e um 'No Contest' (luta sem resultado) na organização. Antes de ser derrotado por Sterling, o brasileiro vinha de uma sequência de três vitórias.