Ferguson deixa rivalidades de lado e quer usar UFC para levantar Las Vegas
Dono de uma sequência de nove vitórias no octógono do UFC, Tony Ferguson disputará o cinturão interino dos pesos-leves (70 kg) neste sábado (7), em Las Vegas (EUA), quando além de encarar Kevin Lee terá a missão de liderar o primeiro grande evento na cidade após o tiroteio em massa que vitimou 58 pessoas no último domingo. E com isso em mente, o atleta garante que qualquer rivalidade ou polêmica fica em segundo plano diante da tragédia.
Veterano no UFC, o atleta vive a melhor fase de sua carreira tanto dentro como fora do octógono. Cada vez mais famoso, Ferguson adotou o estilo personagem e passou a encarar polêmicas e desafios com seus rivais, como manda o figurino do entretenimento esportivo que gira em torno do evento. Cenário que foi minimizado com o clima de luto pelo qual passa acidade de Las Vegas.
"Estamos aqui em Las Vegas, estamos competindo no UFC 216. É impressionante que esse evento ainda vai acontecer. Com as coisas que aconteceram nessa semana, tive a oportunidade de ir na igreja com a minha família. Nós iriamos para o festival, mas meu cunhado falou que ouviu uns tiros. Então, a luta não importa! Ainda tem essa animosidade no mundo. Realmente não importa!", disse durante conversa com os jornalistas durante o media day realizado na última quarta.
Apesar do clima de luto, o UFC não cogitou, ao menos oficialmente, a possibilidade de cancelar ou adiar o show de número 216. Aos atletas restou manter o foco na disputa para, de alguma forma, deixar de lado a tragédia e promover um grande show para os milhares de fãs que devem comparecer ao local.
"A decisão do que aconteceria não estava ao meu alcance, mas eu teria que aceitar o que quer que fosse decidido. Eu tenho que ser profissional, preciso representar minha família, minha equipe e minha religião. Estou orando todos os dias. Preciso ser profissional e não perder o foco, mas é muito difícil, é muito difícil me manter focado", garantiu Ferguson, antes de analisar o papel do evento para levantar o ânimo da cidade.
"Eu não acho que isso é uma distração, é uma tragédia. É lamentável isso ter acontecido. As pessoas precisam ser unir e se tornar um só. Esse evento vai servir para as pessoas se motivarem e para levantar o astral, e é isso que eu quero. Muitas pessoas perderam as suas vidas, muitas pessoas se feriram para salvar outras. Las Vegas vai responder da maneira que a sociedade responder, por isso é importante nos unirmos. Não existe cor de pele, somos todos azul e vermelho".
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