Topo

MMA


Werdum nega vacilo em estratégia e se vê a duas lutas do cinturão

Matthew Stockman/Getty Images
Imagem: Matthew Stockman/Getty Images

Ag. Fight

07/08/2017 12h21

 

Depois de uma luta bastante parelha, Fabricio Werdum conheceu a sua sétima derrota na carreira após os juízes laterais derem vitória para Alistair Overeem em uma das lutas do card principal do UFC 213, disputado no início de julho, em Las Vegas (EUA). Mas o brasileiro ex-campeão dos pesados teve bons momentos durante a luta e muita gente questionou se sua estratégia foi a melhor a ser tomada em determinadas situações.

No terceiro round, por exemplo, Werdum acertou uma potente joelhada que deixou o holandês zonzo. Na sequência, o gaúcho encurralou seu oponente na grade, mas, ao invés de continuar golpeando e buscar o nocaute, preferiu colocar Overeem para baixo e trabalhar o seu poderoso jiu-jitsu. Passado um mês do confronto, o ex-campeão do Ultimate fez uma avaliação fria do seu desempenho em conversa exclusiva com a Ag. Fight.

“Segui a estratégia que tínhamos traçado. Se eu continuo batendo naquela hora que eu dei a joelhada… eu estava tão confiante que eu puxei para a guilhotina. Não consegui encaixar, empurrei, levantei e dei mais uma sequência. Ele se fechou e eu tinha treinado isso. Quando ele se fechasse era para eu colocar para baixo. Se eu não tivesse feito isso, as pessoas iriam dizer: ‘ah, por que você não levou para o chão?’. Como eu levei para o chão, perguntam por que eu não continuei batendo. Fiz o que tínhamos treinado. Achei que foi o suficiente para sair com a vitória. Entrei com o recurso e ainda não saiu o resultado. É a minha carreira e fica manchado. Como todo mundo viu, foi muito vaiado o resultado” afirmou Werdum, lembrando que ele ainda espera a resposta da Comissão referente ao recurso que entrou para a mudança de resultado.

Dana White, presidente do Ultimate, foi um dos que criticou o brasileiro pela sua escolha em buscar a luta no chão quando aparentemente poderia forçar a trocação. Em resposta ao que foi dito pelo dirigente, Werdum preferiu não polemizar para não complicar essa relação que já não é das mais tranquilas.

“O Dana White pode falar o que quiser. Ele é o presidente do evento, mas não é ele que está lutando. O Dana White não sabe o que a gente sente ali dentro. Só quem sabe é quem sobe no octógono. O Dana White pode falar, os fãs podem falar, mas eu segui a minha estratégia”, disse.

Com duas derrotas nas últimas três apresentações, Werdum ficou quase um ano parado até enfrentar Overeem. O ex-campeão admitiu ter sentido a falta de ritmo e pediu para lutar mais vezes no ano de agora em diante. O gaúcho quer retornar ao octógono no fim do ano e, mesmo com a derrota, ainda se enxerga próximo do cinturão.

“Quero lutar ainda neste ano. Outubro ou novembro e em 2018 eu quero lutar pelo menos três vezes. Essa coisa de ficar muito longe afastado não é legal. Uma derrota são três passos para trás. Uma vitória é um para frente. Mas no meu caso foi um passo para trás apenas, porque todo mundo viu como foi, da maneira como foi. Acho que estou a duas lutas do cinturão. Agora em novembro e depois mais uma”.