Werdum nega vacilo em estratégia e se vê a duas lutas do cinturão
No terceiro round, por exemplo, Werdum acertou uma potente joelhada que deixou o holandês zonzo. Na sequência, o gaúcho encurralou seu oponente na grade, mas, ao invés de continuar golpeando e buscar o nocaute, preferiu colocar Overeem para baixo e trabalhar o seu poderoso jiu-jitsu. Passado um mês do confronto, o ex-campeão do Ultimate fez uma avaliação fria do seu desempenho em conversa exclusiva com a Ag. Fight.
“Segui a estratégia que tínhamos traçado. Se eu continuo batendo naquela hora que eu dei a joelhada… eu estava tão confiante que eu puxei para a guilhotina. Não consegui encaixar, empurrei, levantei e dei mais uma sequência. Ele se fechou e eu tinha treinado isso. Quando ele se fechasse era para eu colocar para baixo. Se eu não tivesse feito isso, as pessoas iriam dizer: ‘ah, por que você não levou para o chão?’. Como eu levei para o chão, perguntam por que eu não continuei batendo. Fiz o que tínhamos treinado. Achei que foi o suficiente para sair com a vitória. Entrei com o recurso e ainda não saiu o resultado. É a minha carreira e fica manchado. Como todo mundo viu, foi muito vaiado o resultado” afirmou Werdum, lembrando que ele ainda espera a resposta da Comissão referente ao recurso que entrou para a mudança de resultado.
Dana White, presidente do Ultimate, foi um dos que criticou o brasileiro pela sua escolha em buscar a luta no chão quando aparentemente poderia forçar a trocação. Em resposta ao que foi dito pelo dirigente, Werdum preferiu não polemizar para não complicar essa relação que já não é das mais tranquilas.
“O Dana White pode falar o que quiser. Ele é o presidente do evento, mas não é ele que está lutando. O Dana White não sabe o que a gente sente ali dentro. Só quem sabe é quem sobe no octógono. O Dana White pode falar, os fãs podem falar, mas eu segui a minha estratégia”, disse.
Com duas derrotas nas últimas três apresentações, Werdum ficou quase um ano parado até enfrentar Overeem. O ex-campeão admitiu ter sentido a falta de ritmo e pediu para lutar mais vezes no ano de agora em diante. O gaúcho quer retornar ao octógono no fim do ano e, mesmo com a derrota, ainda se enxerga próximo do cinturão.
“Quero lutar ainda neste ano. Outubro ou novembro e em 2018 eu quero lutar pelo menos três vezes. Essa coisa de ficar muito longe afastado não é legal. Uma derrota são três passos para trás. Uma vitória é um para frente. Mas no meu caso foi um passo para trás apenas, porque todo mundo viu como foi, da maneira como foi. Acho que estou a duas lutas do cinturão. Agora em novembro e depois mais uma”.
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