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Presidente já colocou dinheiro no Cruzeiro e detalha 'namoro' com Felipão

Presidente do Cruzeiro diz que já precisou auxiliar o clube financeiramente - Reprodução/Fox Sports
Presidente do Cruzeiro diz que já precisou auxiliar o clube financeiramente Imagem: Reprodução/Fox Sports

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/10/2020 00h49

Presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues detalhou a difícil situação financeira do clube, atualmente na Série B do Campeonato Brasileiro. Em entrevista ao "Aqui com Benja", exibida ontem (24), no Fox Sports, o dirigente afirmou que a dívida da Raposa beira R$ 1 bilhão e admitiu ter emprestado dinheiro ao clube para quitar pendências do "dia a dia".

"O que eu já precisei fazer foi para poder ajudar a pagar salário de quem recebia até dois salários mínimos, que chegou a atrasar. Eu coloquei o dinheiro para poder pagar e, quando o clube teve condição, eu (fui reembolsado). O que eu ponho do bolso é do dia a dia, nem se compara ao que os nossos patrocinadores e apoiadores fazem. Às vezes precisa, despesa de viagem, coisas assim que, numa empresa normal, o presidente ou funcionário pediria reembolso", contou o dirigente.

"Eu faço isso porque precisa, é o momento do Cruzeiro. Além de doar meu tempo, é a minha forma de fazer isso, mas claro que o ideal é que não se precise", completou.

Em relação à chegada de Luiz Felipe Scolari, Sérgio Santos Rodrigues contou que o "namoro" com o treinador durou alguns dias. Após um início relutante, o campeão mundial fechou com a Raposa até o fim de 2022.

"O namoro com o Felipão durou uns três, quatro dias até virar casamento. Ele tinha sido um de outros que a gente tinha conversado. A gente traçou um perfil e fomos conversando com alguns. A gente, obviamente, tinha a preferência pelo Felipão, foi o primeiro que a gente conversou. Quando ele mesmo, a princípio, falou de desinteresse, a gente acabou conversando com outros, mas depois a gente conseguiu conjugar", explicou o presidente.

"A gente mostrou que tem um projeto maior para ele. (...) A primeira coisa que ele falou foi: 'para mim só serve contrato longo'. Eu falei: 'para mim também, então já deu certo'. A partir daí a gente foi destrinchando alguns detalhes e caminhou bem", seguiu.

Apesar das dificuldades financeiras, o presidente afirmou que o time não fechou as portas para reforços. Os jogadores, porém, devem vir por empréstimo ou estarem disponíveis no mercado da bola. No momento, a Raposa negocia com o Palmeiras para ter Gustavo Scarpa.

"Desde que não envolva custo de transação. O Cruzeiro não tem condição de comprar alguém por um, dois, três milhões de dólares. Tem que ser emprestado ou livre no mercado, que a gente teria que arcar só com salário", falou.