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Jardine aponta "único pecado", mas vê seleção com mais repertório em Tóquio

André Jardine durante jogo da seleção brasileira contra o Egito pelas Olimpíadas; vitória por 1 a 0 - Buda Mendes/Getty Images
André Jardine durante jogo da seleção brasileira contra o Egito pelas Olimpíadas; vitória por 1 a 0 Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

31/07/2021 10h35

A seleção brasileira de futebol masculino garantiu classificação para as semifinais das Olimpíadas de Tóquio ao vencer o Egito por 1 a 0, hoje (31), em Saitama. Agora, entra na disputa por medalha na próxima terça-feira, contra o México, o que já tira o sono do técnico André Jardine. Em entrevista coletiva concedida após o duelo das quartas de final, o treinador apontou que sua equipe cometeu um "único pecado" no jogo.

"Um jogo bastante duro, bastante difícil, contra uma seleção que se classificou com muitos méritos numa chave muito complicada e teve resultados importantes, não perdeu para a Espanha, era a defesa menos vazada até agora. Sabíamos que seria um jogo que iria nos exigir paciência, mentalidade sempre muito forte e atenta, e que a gente teria que matar nas chances que tivéssemos, que não seriam muitas. Talvez o único pecado foi não ter conseguido realmente fazer o segundo gol que daria uma tranquilidade maior. Mas foi um jogo dentro do que a gente esperava. Acho que não vai nenhum jogo mais na Olimpíada com placar elástico, serão sempre jogos muito apertados", disse.

O Brasil fez o único gol da vitória sobre o Egito aos 36 minutos do primeiro tempo, dos pés de Matheus Cunha. Apesar de ter empilhado 12 finalizações ao longo da partida, o time não conseguiu aumentar o placar e tomou alguns sustos no fim do segundo tempo.

Apesar da pouca eficiência do ataque, Jardine observa evolução ao longo das Olimpíadas: "Estamos repetindo o time, ganhando entrosamento e aumentando o repertório aos poucos. As situações que a gente vai vivenciando na competição vão nos dando experiências que vamos aproveitando. O próprio jogo da Costa do Marfim tivemos que defender o tempo todo com um jogador a menos, acho que isso nos fortaleceu muito como equipe. Depois, a adaptação que tivemos no segundo tempo contra a Arábia, trabalhando muitas vezes com linha de cinco para não sofrer muito em cima da última linha. Esses pequenos ajustes vão somando, dando experiência, e equipe também vai tendo oportunidade de identificar como o adversário joga e escolher sempre a melhor estratégia."

Jogadores - Buda Mendes/Getty Images - Buda Mendes/Getty Images
Jogadores da seleção brasileira comemoram gol de Matheus Cunha contra o Egito pelas Olimpíadas
Imagem: Buda Mendes/Getty Images

A seleção brasileira terá duas sessões de treino antes da semifinal contra o México, mas o primeiro dia é sempre dedicado à recuperação física dos jogadores. Matheus Cunha, por exemplo, saiu machucado contra o Egito. Jardine detalhou como será a rotina dessas próximas horas até a decisão que pode colocar o Brasil na terceira decisão olímpica consecutiva.

"Temos auxiliares e analistas e se puder amanhã já ter muita informação, edições coletivas e individuais, é importante. É curtir o dia da vitória, hoje nos permitimos desfrutar, jantar, comemorar no hotel e amanhã de manhã cedo acordar, assistir o México, estudar, ir para o treino com quem precisa manter ritmo, recuperar todos que estão cansados, e de noite formular plano de jogo, ideias, o que vamos fazer para no dia seguinte vender a ideia de jogo aos jogadores. Também preparar no treino ensaio de alguns movimentos e dar caminhos que acreditamos que possam nos aproximar da vitória."