Topo

Medina vê 'desgaste desnecessário' por veto a Yasmin: 'Foi muito pessoal'

Gabriel Medina critica "veto" a Yasmin Brunet em Olimpíada de Tóquio - Divulgação/WSL
Gabriel Medina critica 'veto' a Yasmin Brunet em Olimpíada de Tóquio Imagem: Divulgação/WSL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/07/2021 15h59

Esperança de medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Gabriel Medina reforçou o discurso da esposa Yasmin Brunet ao afirmar, em entrevista ao "GE", que "veto" à modelo pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) "foi muito pessoal".

Prestes a embarcar para o Japão, o bicampeão mundial vê um "desgaste desnecessário" em relação ao seu staff para as Olimpíadas. Mesmo assim, Medina diz que continuará "com a mesma vontade de vencer" e fará "meu melhor nessa competição".

"Tive um desgaste desnecessário. Eu pedi a ajuda do COB, eles não puderam me ajudar. Hoje mesmo eu vi uma notícia de que teve uma atleta que levou o marido, né? De última hora", falou Medina. Conforme noticiou a coluna Olhar Olímpico, do UOL, o COB aceitou credenciar o marido de Andressa Morais, atleta de lançamento de disco.

"E eu sinto que isso foi muito pessoal, que foi uma ajuda que eu pedi lá atrás. Até porque o meu staff todo era a minha mulher, que tem viajado comigo, e no surfe sempre é assim. A gente viaja com a pessoa que te ajuda, que te acompanha e vira um técnico, ajudante geral. Não foi porque eu pedi para pagarem a passagem dela ou sei lá. É que inventaram várias histórias e não era isso o meu caso. Eu só queria levar ela como uma ajuda para mim psicológica. Eu gosto de estar com quem me faz bem, é assim que eu performo bem, é assim que eu tenho feito esse ano. Esse é o melhor ano da minha carreira, eu nunca tive resultados assim. E para minha vida pessoal é o que faz sentido. Eu entro na água não penso em mais nada, só quero surfar e eu tô bem. É essa pessoa que eu amo do meu lado e já era", completou.

Como a Confederação Brasileira de Surfe (CBSurfe) não indicou profissionais de comissão multidisciplinar ao COB, os surfistas puderam escolher uma pessoa para ser credenciada.

A principio, Medina havia indicado o técnico australiano Andy King e Yasmin Brunet, mas, por conta das restrições causadas pela covid, o número de possibilidades caiu de duas para um. Ele então solicitou que King fosse descredenciado e Yasmin convocada em seu lugar. O pedido, contudo, foi rejeitado pelo COB. Sendo assim, King acompanhará o bicampeão mundial em Tóquio.

"A vida ensina, e eu quero tirar o melhor disso. Estou indo para o Japão e vou fazer o meu melhor. Quando se trata de trabalho, eu sou muito profissional, e sou direto e reto. Eu não fico causando desculpinha. Eu só quero fazer meu trabalho bem. Queria fazer isso melhor, estando com quem me ajuda de verdade do meu lado, mas não puderam me ajudar. Tudo bem. Eu vou continuar com a mesma vontade de vencer e vou fazer o meu melhor nessa competição. Consegui colocar o Andy King, que foi um cara que também me ajudou lá na Austrália. Ele vai poder me acompanhar. É um cara do bem, que trabalha bem, então vamos nessa", completou.

Além de Medina, Ítalo Ferreira, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima representarão o Brasil na estreia do surfe em Olimpíadas. A competição está programada para acontecer de 25 a 28 de julho, com possibilidade de se estender até primeiro de agosto.