China classifica doping de nadadores antes de Tóquio como 'notícia falsa'
O governo chinês classificou como "notícia falsa" os relatos de que 23 nadadores chineses testaram positivo em um exame antidoping antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2021.
O que aconteceu
"Estas são notícias falsas que não correspondem à realidade", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.
Os nadadores chineses testaram positivo para trimetazidina, uma substância proibida por melhorar a circulação sanguínea.
Treze destes atletas puderam competir em Tóquio depois que a WADA, autoridade mundial antidoping, aceitou uma investigação da China que alegava que eles ingeriram a substância acidentalmente devido a contaminação alimentar.
Alguns destes nadadores conquistaram medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, inclusive de ouro. Além disso, muitos deles estarão presentes em Paris.
Investigadores da WADA não puderam viajar para o Japão por conta das restrições impostas devido a pandemia de covid-19. Foram consultados peritos independentes para testar a hipótese de contaminação.
A WADA chegou à conclusão de que "não estava em condições de refutar a possibilidade de contaminação como fonte de trimetazidina". Nenhuma negligência ou culpa foi atribuída aos atletas.
Em 2022, a Agência Internacional de Análise (ITA) levantou questões relativas à alteração de amostras de trimetazidina, que foram revisadas de forma independente pelo departamento de 'Investigação e Informação' da WADA.
O chefe da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), Travis Tygart, acusou a instituição de ter varrido "os testes positivos para debaixo do tapete", aludindo a "erros flagrantes".
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