Retirado do UFC 212, Anderson Silva já substituiu Aldo e salvou card no Rio
Anderson Silva terminou de maneira frustrada sua segunda tentativa de voltar a lutar em solo brasileiro. Escalado como um dos protagonistas do UFC 212, que será realizado no próximo sábado (3), no Rio de Janeiro, Spider ficou sem rival após Kelvin Gastelum ser pego no doping e acabou fora do evento após não ter seus pedidos atendidos pela organização. O fato irritou o brasileiro, que, inclusive, já salvou um evento na capital carioca justamente quando José Aldo, protagonista deste final de semana, não conseguiu se recuperar de uma lesão.
O UFC Rio 3, também conhecido como a edição 153 da organização, teve uma longa novela até chegar ao card final, com os lutadores que realmente entraram no octógono em outubro de 2012. A princípio, o evento teria José Aldo – que já havia ficado de fora do UFC 149 por lesão – defendendo cinturão contra Erik Koch. No entanto, o norte-americano se lesionou e acabou substituído pelo ex-campeão dos pesos-leves Frankie Edgar.
O problema é que, faltando pouco mais de um mês para o evento, o brasileiro sofreu um acidente de moto e, com uma lesão no pé, acabou cortado do UFC 153. Como o evento era numerado, ou seja, uma edição pay-per-view, era preciso uma luta (ou um lutador) à altura para manter o interesse dos torcedores. E adivinhem quem aceitou “salvar” o evento? Ele mesmo: Anderson Silva.
Anderson Silva já era campeão dos médios (até 84 kg) há anos, mas como tinha pouco tempo para se preparar (e cortar peso), aceitou lutar nos meio-pesados (93 kg) contra Stephan Bonnar, vice-campeão da primeira temporada do The Ultimate Figher e que vinha embalado por três vitórias consecutivas.
“Isto é UFC da velha escola. Um card está em perigo, mas caras que são campeões mundiais e superastros apareceram, pularam dentro e salvaram o card”, disse Dana White na época - o evento ainda contou com a entrada de Rodrigo Minotauro e Fábio Maldonado em cima da hora.
Mesmo mais pesado, Anderson Silva abusou das esquivas e até foi acertado por alguns socos de Bonnar, mas isso pouco abalou o brasileiro. Spider fez graça e esperou os 30 segundos finais do primeiro round para explodir para cima do adversário, acertando uma joelhada mortal e finalizando o combate com socos no ground and pound até ser declarado vencedor por nocaute técnico. Foi a última grande exibição de Anderson no UFC.
REVOLTA DE SPIDER
A luta contra Bonnar foi a última de Anderson Silva em solo brasileiro. De lá para cá, Spider até esteve escalado para um evento no Brasil – UFC 198, em Curitiba –, mas uma cirurgia de última hora na vesícula acabou o deixando fora do evento – o primeiro em um estádio de futebol no país e na cidade onde o lutador foi criado, o que aumentou a frustração.
Anderson, então, lutou mais duas vezes e foi escalado para o UFC 212, no Rio de Janeiro. Após Gastelum ser flagrado no exame antidoping, a organização começou a procurar e oferecer rivais para ele, a maioria recusado, como Luke Rockhold e até mesmo Vitor Belfort.
A preferência de Anderson Silva era uma luta contra Yoel Romero pelo cinturão interino da categoria – já que Michael Bisping ainda não está pronto para defender seu título linear. O brasileiro ameaçou até se aposentar caso não recebesse a oportunidade, mas de nada adiantou. Dana White não aceitou sua pressão e ele acabou, mais uma vez, fora de um evento no Brasil.
"Nunca fiquei tão decepcionado com o UFC. Acho que já deu. Lutei por grande tempo na minha vida. Tenho meu legado, minha história. É muito frustrante porque é a segunda vez que não consigo lutar no meu país. Luto em Londres, em diferentes países, e nunca acontece no meu país. Segunda vez! Estou muito frustrado. Os caras não respeitaram minha história, meu legado no esporte. Eu não acredito nisso. Nada faz sentido. Não acredito nisso", desabafou.
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