Vices do UFC enaltecem Aldo e comentam novidades aos fãs brasileiros de MMA

O UFC está de volta ao Rio de Janeiro e conta com José Aldo no card principal. O "Rei do Rio" havia anunciado a aposentadoria do MMA em 2022, mas retorna ao octógono para enfrentar Jonathan Martinez, dos Estados Unidos.

Desde o adeus, Aldo vinha treinando boxe, mas aceitou atuar no UFC 301 para disputar o último compromisso com a organização.

O Aldo tem uma história muito longa, um dos maiores defensores de cinturão do UFC. É o rei do Rio. Na hora que voltamos para cá e vemos o Aldo voltando, representando o Brasil e o Rio, e super em forma, é muito importante Eduardo Galetti, vice-presidente Sênior do UFC na América Latina

Os fãs da modalidade podem assinar o UFC Fight Pass pelo UOL Play, que vai transmitir as lutas ao vivo. O serviço de streaming, inclusive, é uma das apostas de novos modelos de negócio da empresa.

O UFC rompeu com o Grupo Globo, por exemplo. A movimentação da organização aconteceu no segundo semestre de 2022, após detectar a perda de espaço na TV aberta em detrimentos da transmissão do Combate, canal na TV fechada.

Queremos ser capazes de entregar e conectar nosso conteúdo com a nossa audiência em todo o país. Reconhecemos que muitos fãs do UFC, e temos 50 milhões em todo o país, não necessariamente passam tempo assistindo televisão. E há uma diferença cultural para a comunidade aqui no Brasil que nós temos que nos atender Dave Shaw, vice-presidente executivo e head de Internacional e Conteúdo do UFC

O UOL conversou com Dave Shaw e Eduardo Galetti, sobre o evento que acontece logo mais, fãs brasileiros e até mesmo sobre dividir as atenções do fim de semana carioca com o show da Madonna.

O que mais eles falaram?

Presença de José Aldo no card. "Na verdade, quando ele se aposenta, todo mundo olha e fala: 'Já?'. Jovem, no auge da carreira, em um momento importante da vida, mas era um um cara que já passava muitos anos defendendo cinturão, sob muita pressão. É super importante ter esses grandes nomes, e esses grandes nomes puxam os garotos. Essa transferência de bastão é algo muito importante para as novas gerações. O Aldo traz o pessoal jovem, e esse ciclo vai continuando"

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Dave Shaw
Dave Shaw Imagem: Reprodução Youtube/ MMA Junkie

Aposta no streaming. "Reconhecemos que é muito importante para os brasileiros entregar o nosso conteúdo, e isso pode nos ajudar a criar uma relação significativa com muitos desses consumidores e também com fãs de MMA. A estratégia final é fazer essa base de fãs chegar ao Fight Pass. Uma das coisas que nós queremos e podemos fazer é trazer conteúdo para todos os brasileiros. Se você está em Porto Alegre, se você está em Belém, ou no Rio, São Paulo, Brasília..."

E qual caminho? "Somos produtores do nosso conteúdo. Então, controlamos a nossa produção, a nossa transmissão e o nosso desafio é de distribuição. Eu não dependo das emissoras, dos grupos, para pegar o meu conteúdo e colocar no ar. Ele já está pronto. É pegar um conteúdo que existe, eu o empacoto ele e só preciso acessar de diferentes formas. No universo digital, temos um espaço demográfico bastante jovem, ou se vamos para uma televisão aberta, temos um demográfico um pouco mais velho, um consumo mais tradicional. Controlamos o nosso estilo e produzimos. Então, é só ir atrás dos nossos fãs e encontrá-los. É sobre distribuição, fazendo boas parcerias para as pessoas jovens no lado digital ou para as pessoas mais tradicionais na televisão virtual".

Quais os desafios? "Existem muitos brasileiros que passam tempo online, mas nem todos. Um dos desafios que reconhecemos é a conexão com as pessoas offline, que estão nos bares, nas revistas, na televisão aberta. Então, precisamos fazer o nosso melhor para garantir que essas conexões existam em todo o país, de uma forma significativa para os brasileiros. Enquanto criamos esse produto com o UFC Fight Pass, ainda queremos estar em todos os lugares, e nós somos apenas uma pequena empresa com um grande público, tentando garantir que estamos entregando nosso conteúdo dia em dia. E com toda a nossa experiência global do UFC, nenhum outro país tem um MMA no DNA, como no Brasil, então a meta é chegar a todo mundo".

Eduardo Galetti
Eduardo Galetti Imagem: Reprodução TV Brasil

Vocês citaram DNA do MMA... "Estamos em uma posição muito forte no Brasil. Existem mais de 100 atletas brasileiros, de 600 no total. Temos 20 lutadores, há dois campeões. Uma das melhores partes dos fãs brasileiros de MMA é que, se nosso evento está em Londres, Sydney, Toronto, há lutadores brasileiros competindo e o país sendo representado. Há sempre lutadores brasileiros competindo, então seu país é representado em cada um dos 42 eventos que temos. É assim que se sente. Você cresce com o MMA, você entende isso, e é uma sensação diferente no Brasil do que é em todos os lugares. É uma base de fãs é completamente diferente, apaixonada".

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O UFC já tem data para uma volta ao Brasil? "Não tem nada ainda definido, tem alguns cenários mais para o final do ano, mas a meta é levar a outras regiões do Brasil".

O Rio também vai receber o show da Maddona. "Do nosso ponto de vista, já tínhamos tudo planejado com bastante tempo, voos, hotéis. Tudo organizado. Foi mais sobre: 'Uau, o Rio é, realmente, um destino para esportes e entretenimento'. Ser parte disso nos deixa honrados, não é uma coisa negativa".

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