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Por que Holm não reclama do UFC ao ver seu cinturão em 2º plano?

Reprodução/Youtube
Imagem: Reprodução/Youtube

Danilo Lavieri

Do UOL, em Las Vegas (EUA)

03/03/2016 12h00

Assim que Rafael dos Anjos foi sacado do UFC 196 por causa de uma lesão no pé, uma certeza tomou conta dos fãs de MMA: se Conor McGregor não lutasse por cinturão, o evento principal do sábado à noite seria a primeira defesa de cinturão de Holly Holm, contra Miesha Tate.

Foi justamente o que não aconteceu. Mesmo com a entrada de última hora de Nate Diaz, da disputa em um peso improvável e de o cinturão não estar em jogo, a luta feminina não deixou o status de co-main event. Imediatamente, a imprensa especializada e fãs passaram a afirmar que as garotas estavam sendo subestimadas por Dana White e companhia e que mereciam melhor destaque.

Nem elas mesmas concordam com essa tese. Pelo menos publicamente. Esbanjando respeito a Conor McGregor, o novo queridinho do UFC, as norte-americanas se mostraram satisfeitas com a posição que ocupam no card.

“Para falar a verdade, não me importo se serei evento principal ou não. Estou aqui para lutar e esse é sempre meu foco. Conor vive grande fase, é um lutador excitante. Então fico feliz de estar aqui. Não é problema ser evento secundário”, disse Holm.

McGregor ostenta a grande invencibilidade entre todos os lutadores, se destaca pelo trashtalking, mas também por cumprir absolutamente todas as suas promessas e previsões. Enfrenta quem vier e ganha do jeito que avisou semanas antes de calçar as luvas. Não é à toa que ele já é o mais cotado para estar no UFC 200, que promete ser um grande evento de comemoração da categoria.

Miesha Tate seguiu discurso parecido e ainda levantou outro aspecto que foi levado em conta pela organização do evento: a quantidade de rounds.

“O Conor ainda é um campeão. E não importa se vai para o cinturão ou não. Além disso, não seria os cinco rounds se ele não lutasse como o principal da noite. Então acho normal que eu esteja no co-main event”, afirmou.

Com bem menos confiança que McGregor, as duas também mostram certeza da vitória. A desafiante, por exemplo, disse que só não sabe como, mas que sairá do octógono carregando o cinturão.

“Eu vejo essa luta de maneiras diferentes, chutando, finalizando.. A única coisa que eu não tenho dúvida é de quem vai vencer. O MMA é assim, ninguém sabe como vai ser a luta. Mas eu prometo que vou ganhar”.

A campeã destacou um pouco mais de dificuldades. “A Ronda (última adversária) tem bem mais judô no seu plano de luta. A Miesha vai usar mais o wrestling. Não quero ficar presa a um plano de luta, porque eu posso ficar doida se não der certo. Eu não gosto de ficar presa a nada, vou para onde ela for”.