O banquinho da discórdia. Virada impressionante no UFC gera muita polêmica
Em um card cheio de lutas boas, o UFC 178 teve num duelo de pesos médios seu momento de maior emoção, em um combate com uma reviravolta incrível. O vencedor foi Yoel Romero, cubano com punhos de nocauteador, mas que quase havia sido derrubado por Tim Kennedy no segundo assalto. Sua vingança e o triunfo vieram no terceiro, mas o resultado foi marcado por uma polêmica no intervalo entre os dois períodos.
O grande problema é que Kennedy estava prestes a nocautear Romero, quando o sinal sonoro encerrou o segundo round, permitindo ao cubano ir tomar um ar no seu corner. Mais que isso, o lutador conseguiu alguns segundos extras valiosos para sua recuperação.
Romero possuía um grande corte no rosto e o médico do UFC passou vaselina em excesso no local. Então, na hora da luta ser reiniciada, este excesso teve de ser limpo. Os segundos passavam e, além da demora, o árbitro John McCarthy sequer pediu a Romero levantar. Um membro do Ultimate ainda tentou apressar o processo, mas em vão. Foram cerca de 30 segundos a mais para o cubano retomar o fôlego (e, na verdade, recobrar consciência) e o resultado foi a virada e o nocaute sobre Kennedy.
É claro que o derrotado não gostou nada do que ocorreu. Kennedy chegou a bater boca com Romero nos bastidores, após a luta. De acordo com o MMAJunkie, a equipe do norte-americano vai recorrer do resultado, considerando que houve uma trapaça e que o cubano levou vantagem com o “tempo-extra” do banquinho no octógono. Para eles, Romero tinha de ser desqualificado porque não conseguiu se levantar quando foi avisado inicialmente que o terceiro round seria iniciado.
“Se você não se levanta do banquinho em um minuto, a luta está acabada. Não um minuto e meio, dois minutos ou enquanto alguém te passa vaselina e alguém vem o secar. Essa luta tinha de ter acabado. Ponto”, reclamou Kennedy, que viu uma série de quatro vitórias ir abaixo.
Sobre o caro, Romero disse: “Não sei o que houve. Quando o árbitro disse ‘lute’, eu fui. O problema foi que me passaram a vaselina. Foi muito e o árbitro mandou limpar. Mas quando me pediram para lutar, eu fui”.
Dana White entrou na polêmica e disse que esse tipo de coisa é a “trapaça mais suja” que se tem. Mas ele lembrou que foi um funcionário do UFC que passou vaselina em Romero, então admitiu que o caso é simplesmente bizarro.
Yoel Romero ampliou sua série invicta para cinco lutas. Agora são nove vitórias e uma derrota na sua carreira no MMA, aos 37 anos.
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