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Polêmica dá prêmio a derrotado Erick Silva e reacende desejo de replay no UFC

Erick Silva lamenta desqualificação em sua luta no UFC Rio 2 - Josh Hedges/Getty Images
Erick Silva lamenta desqualificação em sua luta no UFC Rio 2 Imagem: Josh Hedges/Getty Images

Jorge Corrêa e Maurício Dehò

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/01/2012 18h02

Se os brasileiros deram show dentro do octógono no UFC Rio 2, apenas uma polêmica tirou o foco das lutas no evento. O árbitro brasileiro Mario Yamasaki desqualificou o capixaba Erick Silva alegando que ele acertou golpes ilegais na nuca de Carlo Prater, provocando revolta na arena e do próprio Dana White.

“Infelizmente acho que foi uma má decisão. Agora, Erick Silva tem uma mancha no seu cartel por um erro”, disse o presidente do UFC, que em seguida explicou que, para diminuir o prejuízo do brasileiro, irá lhe pagar a mesma bolsa de que se ele tivesse vencido a luta.

“Essa é uma das situações em que o árbitro faz a decisão. Eu não sei o que vai acontecer, o que posso fazer é pagá-lo como vencedor”, completou Dana, ainda deixando no ar a possibilidade de até mesmo o resultado final do combate ser modificado nos próximos dias.

Muito irritado com a decisão de Mario Yamasaki, Wallid Ismail, empresário de Erick, contou o que aconteceu assim que o lutador saiu do octógono. “Quando chegamos ao vestiário, o [Lorenzo] Fertitta [dono do UFC] chegou e afirmou que daria a bolsa de vencedor e disse que o Erick poderia escolher quando quer lutar de novo.”

E Erick Silva não hesitou em responder o tempo que quer esperar até voltar ao octógono. "Por mim eu volto a lutar em três meses. É o máximo de tempo que eu preciso para estar pronto para vencer novamente."

Repetindo que nada o irrita mais que erros de arbitragem, Dana White voltou a levantar a possibilidade de usar replay em lances polêmicos das lutas. “Vamos lutar para ter um replay e vamos consertar os erros. Tem de ser como o futebol americano”, afirmou, lembrando que esse tipo de mudança precisa ser aprovada pelas comissões atléticas dos Estados Unidos e dos países dos eventos.

Apesar da irritação com a polêmica, o presidente do UFC aliviou a bronca para cima do juiz no final. “Mario já tomou muitas decisões boas, não vamos crucificar o cara porque ele é brasileiro, não vamos colocar a máfia sobre ele. Não ligo se o árbitro é de Cucamonga ou de onde for. Eles estão lá para fazer uma decisão.”