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Botafogo: um mês após se emocionar com torcida, Textor vê CT invadido

Organizada do Botafogo invade CT para fazer cobranças a elenco e diretoria - Reprodução
Organizada do Botafogo invade CT para fazer cobranças a elenco e diretoria Imagem: Reprodução

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

15/06/2022 17h42

Da emoção e choro à invasão, o Botafogo viu o cenário mudar completamente em um mês. O período separa um dos ápices da lua de mel da torcida do com o time e com John Textor, dono de 90% das ações da SAF, a um forte protesto com direito a entrada no local de treinamento para cobrança aos jogadores e membros da diretoria.

No dia 15 de maio, o Alvinegro venceu o Fortaleza, de virada, em casa, e entrou no G4 do Campeonato Brasileiro. Após o apito final, uma grande festa foi feita nas arquibancadas do Nilton Santos. John Textor foi a campo e chegou a balançar uma enorme bandeira. Diante do que via, não conteve as lágrimas.

"Dizem que a Premier League é a melhor liga do mundo, mas lá não amam como aqui. O Botafogo é grande demais. Não temos isso em outro lugar do mundo no qual já estive", disse ele ao "Premiere".

"É incrível. Me enche de alegria toda vez que eu vejo. Todo mundo sente isso. Temos que mostrar isso ao mundo. É por isso que estou aqui. Eu acho que é por isso que estou aqui. É difícil falar por aqueles que esperaram tanto tempo por isso. Eles trabalharam tanto, merecem, amam esse clube. Eu amo que eles confiam em mim para isso", acrescentou.

John Textor, investidor do Botafogo, celebra vitória sobre o Fortaleza junto à torcida - Vitor Silva / Botafogo - Vitor Silva / Botafogo
Imagem: Vitor Silva / Botafogo

Naquele momento, o clube vivia uma sintonia com a torcida, que aumentou a busca por ingressos para as partidas e também a adesão ao programa de sócio-torcedor. Aquela, porém, foi o último triunfo da equipe do técnico Luís Castro.

De lá para cá, foram cinco partidas, com um empate, com o América-MG, e quatro derrotas consecutivas, para Coritiba, Goiás, Palmeiras e Avaí. Os resultados negativos frente ao Goiás e Avaí, em casa, fizeram as críticas aumentarem o tom, e a entrada na zona de rebaixamento foi o estopim.

Na manhã de hoje (15), integrantes de uma organizada invadiram o Espaço Lonier, utilizado para os treinamentos do elenco profissional, para cobrar jogadores e membros da diretoria.

O ato não aconteceu no momento do treino, mas houve cobranças a alguns atletas que estavam no departamento médico. O grupo, então, aguardou até a parte da tarde, horário em que as atividades estavam marcadas, para conversar com integrantes da comissão técnica e outros jogadores. Imagens que circularam nas redes sociais mostram o técnico Luís Castro conversando com os membros da organizada na porta do local.

Em nota, o Botafogo repudiou a ação da organizada e "a forma como funcionários e atletas foram ameaçados, intimidados e hostilizados dentro de um ambiente privado, de trabalho, e no exercício de suas funções".

O clube informou ainda que "a polícia foi acionada e a equipe operacional está monitorando a situação para que sejam tomadas as providências cabíveis".

"Ações internas estão sendo realizadas diariamente, com todos os envolvidos no futebol, visando encontrar soluções que gerem melhores resultados em todos os setores. Entendemos o momento complicado em campo. Diretoria, comissão técnica e funcionários estão imbuídos com o projeto de desenvolvimento da SAF e todos estão mobilizados para buscar os melhores caminhos para a Botafogo", diz trecho da nota.

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