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Ceni mantém mistério sobre futuro no SPFC e lamenta desfalques em derrota

Gabriel jogador do São Paulo disputa bola Ademir jogador do América-MG durante partida no estádio Independência  - Alessandra Torres/AGIF
Gabriel jogador do São Paulo disputa bola Ademir jogador do América-MG durante partida no estádio Independência Imagem: Alessandra Torres/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/12/2021 01h38

O técnico Rogério Ceni apontou os desfalques como uma das principais razões para a derrota do São Paulo por 2 a 0 para o América-MG, na noite de ontem (9), que encerrou a pior campanha do clube no Brasileirão por pontos corridos. Além disso, o ídolo são-paulino manteve a incerteza sobre sua permanência para 2022.

"Um dia muito atípico. Perdemos quatro jogadores na semana, e hoje mais três no hotel. Acho que o América foi superior, mas tivemos oportunidades de sair ganhando algumas vezes. As opções que restaram foram poucas. Ofensivamente não havia muito o que fazer. Os desfalques influenciaram nesse resultado, e o time mais uma vez não conseguiu manter um nível de jogo como foi contra o Juventude", avaliou Ceni.

Para o confronto contra o Coelho, entre lesionados e suspensos, o Tricolor não contou com nomes como Arboleda, Liziero, Luciano, Gabriel Sara, Miranda, Nestor, Benítez e Pablo, por exemplo.

A respeito de seu futuro no clube, o treinador disse que isso dependerá da situação do elenco para a próxima temporada.

"É o momento de conversar, e vamos fazer isso para ver o que é possível de mudar. É um prazer estar no São Paulo, mas tenho uma história aqui dentro. Qualquer coisa de ruim que aconteça em 2022 é um problema. Talvez por me importar tanto eu tenha que refletir mais que uma vez para ver qual é a real possibilidade do clube em 2022", disse o técnico, que garantiu que pedirá reforços à diretoria, e comentou sobre qual posição deseja para o elenco:

"Faltam posições de um contra um, de lado de campo. É a minha análise e passarei para a direção."

Confira outras respostas de Ceni após o jogo:

Cenário de insatisfação de torcedores pesa na decisão sobre ficar ou não?

"De maneira nenhuma. Tenho um carinho muito grande pelo torcedor, sempre fui muito bem tratado. Me preocupo com o tamanho dessa história para que não seja manchada com uma campanha ruim ou um rebaixamento. Mas em geral sinto muito carinho da torcida."

Teria sido melhor assumir em 2022?

"Sem dúvidas. Começar em 2022 seria muito melhor, porque poderia começar com uma pré-temporada, e a direção disse que era importante que eu começasse ali, e por isso eu vim. Coloca-se em risco uma carreira toda de atleta, vitoriosa, mas era o que precisava ser feito no dia que fui convidado para vir ao Morumbi. E resolvi arriscar para não ver o São Paulo numa posição que outros times se encontram."

O elenco corresponde com a colocação?

"É relativo. O são Paulo não frequenta a primeira página há um bom tempo. Quando teve a chance de entrar, não conseguiu dar esse passo. Hoje com a vitória terminaríamos em nono, com a derrota ficamos em 13º. Mas a posição não condiz com a grandeza do clube, e isso me preocupa para termos condições de ter um time de brigar melhor no ano que vem."

Você teme se queimar e ser utilizado como um escudo?

"Escudo não existe. Vou pro meu quinto ano como treinador, com conquistas pelo Fortaleza e pelo Flamengo. A história como atleta nunca será apagada. Se analisar o currículo dos últimos anos, vai ver o porquê de estar aqui. Sobe material humano, temos bons jogadores, mas faltam outros para completar com o elenco que a gente tem. A decisão de ficar ou não depende disso."

Grêmio rebaixado. O que você vê desse momento difícil de alguns grandes clubes?

"Não sei o que aconteceu no Grêmio. É triste ver um clube com a história que o Grêmio tem estar numa Série B. O que vemos é que parece estar sempre tão longe da gente, mas acontece. Não posso me aprofundar nesse assunto."