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OPINIÃO

Mauro Cezar sobre rodada da seleção: 'Analisando o pacote, foi nota 6'

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

15/10/2021 04h00

A vitória por 4 a 1 sobre o Uruguai, ontem (14), em Manaus, foi o último duelo da seleção brasileira de um conjunto de três partidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O convincente triunfo aconteceu após um moroso resultado positivo contra a Venezuela e um empate com a Colômbia que, inclusive, fez com que o time do técnico Tite perdesse os 100% de aproveitamento na competição.

No Fim de Papo, transmitido pelo UOL Esporte após as partidas da seleção, os colunistas Marluci Martins, Mauro Cezar Pereira e Rodolfo Rodrigues fizeram um balanço destas últimas atuações.

"[Balanço da trinca de partidas é] Mediano. Foi uma atuação muito boa depois de atuações fracas. Claro que, naquela linha de a última impressão é a que fica, muita gente vai achar que está tudo ótimo, mas, analisando o pacote, foi nota 6, pela atuação de hoje. As outras foram, realmente, muito abaixo. Não podemos olhar só o resultado, atuações muito fracas nos dois jogos anteriores, muito, muito aquém. O salto de qualidade foi muito grande dos dois jogos anteriores para esse", avaliou Mauro Cezar.

Marluci Martins fez elogios a Raphinha, que se tornou grande destaque brasileiro destas partidas, e salientou torcer para que, diante de Colômbia e Argentina, próximos compromissos pelas Eliminatórias, o time de Tite possa ter desempenho semelhante ao que teve diante do Uruguai.

"Em uma Eliminatória tão de Raphinha... É o que traz alegria, ter visto a exibição deste jogador hoje. É bom quando aparece um nome novo na seleção. Faz tempo que não vemos, a gente fica naquela de Neymar, Neymar, e, de repente, surge um novo talento que muda um jogo, o astral, mexe com a expectativa. Na torcida para que ele permaneça no time, acredito que o Tite vá mantê-lo, e que a seleção enfrente a Colômbia e a Argentina, em novembro, com essa alegria que demonstrou hoje. Acho que a palavra é desenvoltura, porque tudo funcionou muito bem. E é o tipo de jogo que a gente quer ver, que faz bem à seleção, ao nosso melhor jogador, Neymar, jogando assim que o futebol dele aparece. Que seja assim!", disse.

"Que pena que esse jogo foi o terceiro. Se hoje fosse o primeiro, e daqui a dois dias tivesse o segundo dessa trinca, poderia trazer um novo ânimo. Concordo com a nota do Mauro, nota 6 para uma seleção que perdeu os 100% contra a Colômbia, mas jogou bem hoje", completou.

Para Rodolfo Rodrigues, a vitória sobre o Uruguai foi importante para a seleção e também para o técnico Tite. Ele considerou que foi uma atuação para "lavar a alma".

"Foi bom fechar essa rodada das Eliminatórias com essa atuação. Não só com os três pontos, mas pela a atuação em si. Acho que ele [Tite], hoje, foi, praticamente, perfeito. Como falei, desde a escalação, do posicionamento dos jogadores, ter escolhido o Raphinha, depois as trocas no segundo tempo... Acho que foi um jogo para meio que lavar a alma, ficar aliviado em relação ao que o Brasil vinha jogando desde a derrota na final da Copa América. Desde os últimos jogos da Copa América a seleção estava meio mal, sem conseguir achar seu futebol. Então, acho que hoje conseguiu se recuperar", afirmou.

O colunista do UOL Esporte também lembrou que o duelo com a Argentina vai ter um peso grande para que a seleção possa ser testada em um novo cenário:

"Claro que, agora, vamos esperar como vai ser a próxima convocação e o que a seleção vai mostrar contra a Argentina em Buenos Aires, com o estádio cheio. Isso vai ser legal, esse desafio novo pela frente. Talvez, o jogo mais complicado da seleção nestas Eliminatórias, até porque o Brasil precisa também dar o troco na Argentina, vem de derrota na final da Copa América. Acho que é um ótimo desafio para o Tite para ver, realmente, como estamos em termos de preparação para a Copa do Mundo. Tem de saber como o Brasil vai atuar na adversidade, na pressão. Geralmente, [nas Eliminatórias] são jogos fracos em que o Brasil fica tocando a bola, mas a gente precisa ver essa seleção também em situações de adversidade. Na última Copa, no mata-mata, o Brasil teve dificuldades. O Brasil vai precisar passar por mais situações como essa".