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Sócio ingressa com pedido para afastamento de Landim no Flamengo

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, encara dias de política agitada na Gávea - Reprodução Canal Paparazzo Rubro-Negro
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, encara dias de política agitada na Gávea Imagem: Reprodução Canal Paparazzo Rubro-Negro

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/08/2021 04h00

Além de um grupo político ter pedido o afastamento do presidente Rodolfo Landim da presidência do Flamengo, um associado ingressou com pleito semelhante no Conselho de Administração (COAD) do clube.

Com base nas investigações que apontam o mandatário como integrante de um suposto esquema de gestão fraudulenta e de remessa indevida de recursos para o exterior, o sócio e conselheiro José Francisco de Carvalho Rezende alegou desrespeito ao estatuto para sustentar o pedido e ressaltou que "face à ofensa e aos interesses maiores da Administração Pública, ser de todo recomendável o pleno afastamento e a atribuição de inelegibilidade até apuração final das responsabilidades em discussão".

O ofício já está com Bernardo Amaral, presidente do COAD, mas é certo que não irá resultar em nada. Amaral e seus pares entendem que o pedido não tem bases sólidas e o tema nem será levado adiante.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Landim por gestão fraudulenta e envio indevido de recursos. Nelson José Guitti Guimarães, Demian Fiocca, Geoffrey David Cleaver e Gustavo Henrique Lins Peixoto também foram denunciados na Operação Greenfield.

O rubro-negro e os demais envolvidos, representantes das empresas Mare e Mantiq, são acusados de terem lesado os fundos de pensão Funcef, Petros e Previ. A denúncia aponta que o FIP Brasil Petróleo 1, fundo gerido pelos executivos, remeteu dinheiro para o exterior, algo proibido pelo regulamento do FIP.

O MPF afirma que a empresa americana Deepflex foi usada na operação. O dinheiro foi irregularmente remetido para o exterior e a companhia faliu, fazendo sumir todo o dinheiro que havia recebido.

A manobra que viabilizou a suposta irregularidade consistiu na criação das empresas Brasil Petróleo e Participações SA e Deepflex do Brasil. As mesmas foram usadas como fachada, com o objetivo de aplicar na Deepflex. O recurso era enviado para as empresas brasileiras, que enviavam para o exterior.

O MPF estima o rombo em mais de R$ 100 milhões e pede que os denunciados paguem o triplo deste montante, que teria de ser corrigido a partir da taxa Selic.