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Pior sequência desde 2019 liga sinal de alerta no Flu antes de Libertadores

Fluminense de Nino vive pior sequência desde 2019 às vésperas de mata-mata da Libertadores - MAGA JR/ESTADÃO CONTEÚDO
Fluminense de Nino vive pior sequência desde 2019 às vésperas de mata-mata da Libertadores Imagem: MAGA JR/ESTADÃO CONTEÚDO

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/07/2021 04h00

Menos de duas semanas antes de fazer o primeiro jogo com o Cerro Porteño-PAR pelas oitavas de final da Libertadores, principal objetivo do ano, o Fluminense tem sua pior sequência desde 2019. Os quatro jogos sem vitória trazem pressão e acendem o sinal de alerta no clube.

A última vez que o Tricolor ficou quatro jogos sem vencer no Brasileirão — ou outras competições que não o Estadual — foi em 2019, sob o comando do então interino Marcão. Curiosamente, a equipe, naquele momento, viu ruir sua melhor sequência invicta no ano e, depois de perder para o Athletico, como na quarta (30), enfrentava o Flamengo na próxima rodada.

O clássico será em São Paulo, na Arena Corinthians. A pedreira no calendário é mais um obstáculo a ser superado durante a sequência ruim.

Neste mês, além da Libertadores, o Tricolor também joga as oitavas de final da Copa do Brasil. As competições em mata-mata são importantes para oxigenar o caixa do clube, ainda em grave crise financeira. Além disso, são as prioridades esportivas do Flu em 2021, vistas como um caminho mais fácil para uma conquista de peso que não chega às Laranjeiras desde 2012.

De olho no mercado da bola por opções para qualificar o elenco, o Flu não tem tanto espaço na folha para buscar alternativas para Roger Machado. O modelo do técnico, ainda prestigiado internamente, dá sinais de desgaste com os desfalques, e a equipe repete erros antigos. A preocupação pela falta de fôlego em um julho que se inicia decisivo pode até ser negada, mas é grande no clube.

Enquanto o departamento médico corre para recuperar Caio Paulista e Samuel Xavier, desfalques muito sentidos no time titular, Roger procura opções para corrigir problemas que se repetem desde o início da temporada: pouca pressão na bola, muitos espaços e desgaste físico por conta do jogo extremamente vertical e sem retenção da posse.

"A intensidade das nossas partidas caíram em função da sequência e naturalmente tecnicamente algum jogador vai se ressentir. Daqui para esses jogos (decisivos), não há muita mudança a fazer do ponto de vista de estrutura. O que a gente precisa fazer é recuperar os jogadores do ponto de vista emocional e dar confiança para que, dentro do modelo que a gente conseguiu os melhores momentos, a gente volte a fazer", disse Roger, em coletiva.

No modelo atual, parece difícil. A entrada de um volante na vaga de Cazares não está descartada, mas o treinador insiste em sua ideia inicial, que se mostrou correta após a perda do Estadual para o Flamengo e as mudanças para o jogo decisivo contra o River Plate na Libertadores.

Em termos de opções para o time, hoje, André ultrapassou Wellington na cabeça do técnico, mas até Paulo Henrique Ganso corre por fora para dar mais consistência ao meio campo. O problema é que, antes virtudes, as substituições têm sido problema de Roger Machado, o que tira, também, a confiança e motivação para alterações na equipe titular.

"Coincidência ou não, depois das mexidas o Athletico ganhou o controle do jogo. Até aquele momento, mesmo a partida parelha, o Athletico estava tomando mais as ações, chegando mais perto do nosso gol. As mexidas foram para a gente ter um controle maior do jogo no meio de campo com o Paulo (Henrique Ganso) e colocando o Kayky para ter profundidade e vitória pessoal pelo lado, empurrar novamente o Athletico para perto de seu gol e criar mais oportunidades. Mas nesse momento, de fato, o Athletico ganhou campo na nossa defesa e, em bolas de inversões, conseguiu a virada", opinou o treinador.

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