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Flu patina em início de Brasileirão, e desempenho ruim pressiona Roger

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/07/2021 04h00

O Fluminense foi goleado pelo Athletico, acumulou o quarto jogo sem vitória no Brasileirão e, mais do que isso, não vem tendo bom desempenho. Com esses ingredientes, o caldeirão naturalmente está em ebulição, e Roger Machado sabe que está em situação de "extrema pressão" no clube.

A expressão usada pelo próprio treinador na coletiva não foi à toa. Em que pese até agora não ter passado por turbulências no cargo, graças ao bom início e a classificação heroica na Libertadores, Roger vê sua equipe em mau momento. Os desfalques cobram a conta pela disputa de três competições praticamente ao mesmo tempo.

Cansado de criticar o calendário nacional, o técnico não conseguiu encontrar soluções no elenco neste início de Campeonato Brasileiro.

Sem Samuel Xavier e Caio Paulista — dupla que entrou no time na vitória sobre o River Plate no Monumental de Núñez, grande atuação do Fluminense em 2021 —, o Tricolor repete os mesmos problemas anteriores às entradas dos dois no time titular: pouca pressão na bola, transições lentas, muitos espaços na defesa e dificuldade para construir jogo, já que fica pouco com a posse.

"Me preocupa, sobretudo, que nesses 50 dias que nós temos de jogo quarta e domingo, a gente não consiga treinar alternativas para esses momentos que os resultados, assim como rendimento e atuação, deixam a desejar. A gente busca pegar o melhor momento tecnicamente de cada jogador dentro do elenco, tentar recuperar jogadores, que eles possam repetir seus melhores momentos que tiveram. E coletivamente a gente poder voltar a render o que há quatro rodadas estava fazendo", disse Roger.

No Brasileirão, o Flu de Roger Machado ocupa a "zona do rebaixamento" em acerto de passes, passes certos e posse de bola. Ao passo que não retém a posse e busca um jogo mais vertical, expõe demais sua defesa, que tem falhado bem mais do que em 2020 com as mesmas peças, e vê jogadores como Yago e Martinelli, cruciais no meio de campo, caírem um pouco de produção.

Os desfalques, além disso, expõem que, até aqui, Roger segue com dificuldades de adequar o elenco ao seu modelo preferencial. Sem alternativas táticas até aqui e com opções reduzidas — ao todo, eram cinco ausências para o jogo contra o Athletico —, o técnico não terá vida fácil neste julho que se inicia: confrontos com Flamengo, Ceará, Grêmio e Palmeiras, além de mata-matas na Libertadores e na Copa do Brasil, contra Cerro Porteño-PAR e Criciúma, respectivamente. A sequência será decisiva para o ano do Tricolor.

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