CBF: Funcionários pedem investigação ágil sobre acusações de assédio
Os funcionários da CBF se manifestaram na noite de hoje sobre as graves acusações de assédio que envolveram o nome da entidade nos últimos dias. Em texto compartilhado nas redes sociais da Confederação Brasileira de Futebol, ele pediram investigação "justa, ágil e profunda".
A publicação acontece cinco dias após o presidente da CBF, Rogério Caboclo, ser afastado da entidade após denúncias de assédio moral e sexual. O nome do dirigente não é citado no post desta sexta-feira.
No último domingo (6), os membros da Comissão de Ética enviaram a ordem à diretoria da CBF para que Rogério Caboclo fique fora do cargo por pelo menos 30 dias, com possibilidade de prorrogação, para se defender devidamente da denúncia de assédio moral e sexual, protocolada por uma funcionária da CBF na semana anterior.
A defesa de Rogério Caboclo alega que "ele nunca cometeu nenhum tipo de assédio e vai provar isso na investigação da Comissão de Ética". Nos últimos meses, a relação de Caboclo com a diretoria e funcionários da CBF se desgastou. O ápice se deu com o surgimento do caso de assédio moral e sexual contra uma cerimonialista que trabalhava diretamente com ele.
A denúncia dá conta que Caboclo perguntou à funcionária se ela se "masturbava". Em outro momento, ele tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de "cadela".
Nesta sexta-feira, as jogadoras da seleção feminina de futebol divulgaram um manifesto contra assédio antes da vitória por 3 a 0 em amistoso contra Rússia. Além da publicação, feita horas antes da partida, as brasileiras entraram em campo com uma faixa escrita "Assédio não".
As atletas manifestaram que a "luta por respeito e igualdade vai além dos gramados", e incentivaram vítimas a denunciar qualquer tipo de assédio. Elas também ressaltaram que os inúmeros abusos cometidos no país "vão contra os nossos princípios de igualdade e construção de um mundo mais justo".
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