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Grupo de 40 associados do Vasco move ação para anular eleição de Salgado

Jorge Salgado é festejado em chegada ao Calabouço, para eleição do Vasco - Divulgação "Mais Vasco"
Jorge Salgado é festejado em chegada ao Calabouço, para eleição do Vasco Imagem: Divulgação "Mais Vasco"

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

14/01/2021 11h37

A eleição do Vasco ganhou mais um capítulo nos bastidores. Um grupo de 40 associados entrou com uma ação conjunta no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), na última terça-feira, com o intuito de impedir a posse de Jorge Salgado como presidente, o que deve acontecer na segunda quinzena deste mês.

No documento, os cruz-maltinos citam o estatuto do clube, falam em possíveis fraudes na eleição do dia 14, e pedem que os mandatos dos poderes sejam estendidos até a decisão judicial, ou que um interventor seja nomeado e os mandatos dos membros do Conselho Deliberativo, Fiscal e Grande Beneméritos prorrogados.

A peça, assinada pelo advogado Alexandre Castro Carvas, pede ainda a anulação do pleito do dia 14, que deu a vitória a Jorge Salgado. A informação sobre a ação foi publicada, inicialmente, pelo "Esporte News Mundo".

Ainda no documento, os autores se dizem "sócios, de diversas categorias, com direito a voto, da instituição ré e pretendem buscar no poder judiciário o amparo para sua demanda, pois, entendem que o escrutínio realizado no dia 14 de novembro de 2020 não obedeceu às normas do estatuto vigente".

Houve também contestações em relação à lisura da eleição, que foi realizada de forma híbrida, com votos on-line e presenciais, e quanto à proteção de dados dos sócios.

No dia 17 de dezembro, a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, por dois votos a um, negar os recursos do candidato Leven Siano, da chapa "Somamos", e do presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro e validou o pleito do dia 14, fazendo com que Jorge Salgado fosse considerado, judicialmente, o novo presidente do Vasco.

Uma ação, de autoria do Solidariedade, corre no Supremo Tribunal Federal (STF). O partido ingressou baseado em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que consiste em "evitar ou reparar lesão a preceito fundamental decorrente da Constituição, resultante de qualquer ato (ou omissão) do Poder Público". Ontem (13), Salgado entrou com uma petição onde solicita que a ação seja negada.

Houve duas eleições no Cruz-Maltino, uma no dia 7, de forma presencial, em São Januário, e uma no dia 14, de maneira híbrida. A primeira apontou Leven Siano, da chapa "Somamos", com mais votos, e a segunda, indicou Jorge Salgado, da "Mais Vasco", como vencedor.

O pleito do dia 7 aconteceu após uma decisão do desembargador Camilo Ribeiro Ruliére, na noite anterior. Com a eleição em andamento, porém, uma movimentação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o evento.

Diante da decisão judicial e em meio a idas e vindas sobre a continuidade da votação, as chapas "No Rumo Certo", de Alexandre Campello, "Mais Vasco", de Jorge Salgado, e "Sempre Vasco", de Julio Brant, se retiraram do pleito. "Somamos" e "Aqui é Vasco", de Sergio Frias, permaneceram e realizaram a apuração, que apontou Leven Siano com mais votos.

No dia 14, houve outra eleição, entre "Mais Vasco" e "Sempre Vasco". Leven Siano afirmou que não iria corroborar com tal movimento e retirou a chapa da corrida eleitoral, tendo o apoio de Sérgio Frias. Alexandre Campello foi outro a retirar candidatura. Jorge Salgado foi apontado como vencedor.

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