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"Jogador menor" e "técnico idiota": Diniz critica massacre com Sara no SPFC

Do UOL, em São Paulo

12/09/2020 23h00

Fernando Diniz mostrou incômodo com a análise do momento do São Paulo e as críticas que Gabriel Sara vem sofrendo desde que assumiu uma vaga entre os titulares. Após o garoto marcar os dois gols no empate em 2 a 2 com o Santos, na Vila Belmiro, o técnico citou o que considera ser um massacre do camisa 42.

"Prevalece o resultado, não valorizam quem trabalha. Com o Sara, todos queriam massacrar o moleque, colocar como um jogador menor, e o treinador um idiota por colocar ele para jogar. E não é nada disso. Ele joga porque ele é bom. Não estou dizendo pelos dois gols. A gente assim vai matando um monte de moleque porque temos de suportar o moedor de gente. Hoje vão falar também do Tiago Volpi (no gol de Marinho), mas não falar da defesa difícil que ele fez, o milagre em uma bola para trás do Luciano. Fica sempre no negativo", criticou.

Com 18 pontos em dez jogos, o São Paulo está na vice-liderança com uma vitória nos últimos quatro jogos na competição. Para o técnico, discute-se pouco o desempenho nesta sequência, inclusive no jogo na Vila Belmiro, em que gostou do volume de chances criadas por sua equipe.

"As pessoas não gosta de futebol, de trabalho, gostam de quem ganha. Só que você tem mais chance de ganhar quando tem melhor desempenho. O time tem de ganhar. Quando perder, que parece que espera perder para falar mal, vai perder. Todos aqui vão trabalhar no limite para entregar vitórias. Na minha modesta opinião, tinha de falar mais das imensas chances que criamos para ganhar. Mas a pergunta é feita no sentido inverso", completou.

"Sempre trabalhamos para ganhar. Tem de ver o trabalho das pessoas. Falo do Gabriel Sara novamente, porque ele nunca foi protegido de nada. Eu tenho de proteger minha família. Mas quem crítica, veja como ele corre, como ele se movimenta, como empurra a linha para trás e pressiona. Qualquer um vê o erro de passe, de domínio e já vai destroçando os jovens. Aqui ainda bem que temos uma certa insistência para dar mais tempo para o jogador ter confiança e tentar seguir a vida dele como profissional do São Paulo", completou.

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