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Felipe Melo e Neto fazem as pazes no ar durante 'Os Donos da Bola'

Neto e Felipe Melo fazem as pazes ao vivo - Reprodução/Band
Neto e Felipe Melo fazem as pazes ao vivo Imagem: Reprodução/Band

Colaboração para o UOL, em São Paulo

31/07/2020 14h25Atualizada em 31/07/2020 15h36

O apresentador Neto e Felipe Melo, jogador do Palmeiras, selaram a paz durante o "Os Donos da Bola" de hoje. Convidado do programa, o capitão alviverde e o ídolo do Corinthians se perdoaram por desentendimentos passados.

No início do ano, Neto já havia sinalizado uma trégua com o camisa 30 ao convidá-lo para participar de seu programa. A presença de Felipe na atração desta tarde, no entanto, deve-se a intervenção do técnico Vanderlei Luxemburgo.

"Se algum dia eu fui indelicado com você, se algum dia eu fui extremamente mal-educado, eu te peço desculpas. Estou aprendendo que a gente tem que ter humildade suficiente para isso, mas também não posso deixar de criticar quando você cometer equívocos. (...) Às vezes, passei do limite aqui, mas eu quero te agradecer imensamente por estar aqui", disse Neto ao apresentar o convidado.

"Perdoado. Se em algum momento eu também agi de forma equivocada, eu peço desculpas da minha parte. A gente tem que ressaltar aqui que o Luxemburgo foi fundamental na minha entrevista. A verdade é que cada um faz o seu trabalho. Nós já estamos vivendo uma guerra contra um vírus que a gente nem vê, então, basta de situações que levam as pessoas a deixar de amar. O que passou, passou", respondeu Felipe Melo.

Em relação à semifinal contra a Ponte Preta, domingo, às 19h, o capitão alviverde disse ter visto a vitória do time sobre o Santos e pediu "máxima concentração" aos companheiros.

"É bem complicado falar, porque, depois da expulsão do Marinho, mudou completamente a forma do Santos jogar, e a Ponte Preta foi para cima. (...) O time da Ponte Preta voltou muito bem armado, com os caras entendendo os seus limites e os papéis dentro de campo. Vai ser um jogo muito difícil. A gente sabe que é um time que está numa crescente. Nós temos que nos concentrar ao máximo. É matar ou matar. Não temos que criar desculpas depois, temos que fazer o dever de casa. Sabemos da dificuldade, mas nós somos Palmeiras", disse o camisa 30.

Palmeiras sem Dudu

Para Felipe Melo, a saída de Dudu para o Al-Duhail, do Qatar, deve ser vista por seus possíveis substitutos como uma oportunidade. Mesmo ressaltando a dificuldade para repor um "craque", o capitão destacou a qualidade do elenco alviverde.

"O Dudu é craque de bola, ídolo do Palmeiras, ajudou muito enquanto esteve aqui. É muito difícil você colocar um atleta de futebol para substituir um craque, mas nós temos um bom elenco e os atletas que estão jogando agora na posição do Dudu tem que entender que são oportunidades, que eles estão tendo uma oportunidade de ajudar um grande clube a ganhar um título. É muito difícil substituir um craque, mas eu já vi muitos grandes clubes perderem craques e surgirem novos craques. Nós temos jogadores que têm potencial para virarem craques e ídolos do clube", opinou.

Zagueiro "garoto"

Atuando como zagueiro desde a chegada de Luxemburgo, Felipe Melo afirmou que está se sentindo "um garoto" na nova função, apesar do maior desgaste psicológico.

"Fisicamente, eu tenho corrido menos, mas, psicologicamente, eu tenho me desgastado muito mais. Eu chego em casa muitas vezes com dor de cabeça, porque é uma nova função na qual eu tenho que estar 100% concentrado, porque uma bola que eu erre, só tem o Weverton lá atrás. No meio-campo, eu sabia que poderia arriscar uma jogada", falou Felipe, que completou:

"Nós somos a melhor defesa do Campeonato Paulista, então, tem dado certo. Tenho trabalhado muito, visto vídeos. Eu me sinto um garoto, porque eu tenho feito coisas que fiz quando era jovem".

Copa de 2010

Apontado como responsável pela eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010, Felipe Melo acredita que não é o culpado pela derrota para a Holanda. Além disso, o jogador garante que, após o episódio, merecia novas chances com a amarelinha.

"Não tenho dúvidas que eu merecia jogar outra Copa. Eu fui eleito o melhor volante brasileiro na Europa por três ou quatro anos consecutivos. Mas acontece. Eu não creio em injustiça. Tudo na vida acontece porque tem que acontecer. O pior é o ser humano dormir com esse erro. Não creio que o Brasil perdeu por minha causa. Passou. Aconteceu. Vivo bem para caramba com isso. Tenho uma história bonita com a seleção brasileira", comentou.