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Chapéu, gols em decisão e títulos mostram o que Palmeiras perde sem Dudu

Dudu comemora gol pelo Palmeiras contra o Guarani em seu jogo de número 300 pelo Palmeiras - Daniel Vorley/AGIF
Dudu comemora gol pelo Palmeiras contra o Guarani em seu jogo de número 300 pelo Palmeiras Imagem: Daniel Vorley/AGIF

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

11/07/2020 04h00

Um dos clubes mais ricos e vencedores do futebol brasileiro, o Palmeiras deu início a uma retomada esportiva e financeira há pouco mais de cinco anos. Fora de campo, dois fatores se tornaram determinantes para essa situação: o Allianz Parque e o acordo com a Crefisa. No gramado, um dos símbolos da reconstrução foi o atacante Dudu, que deixará o clube após um acerto com o Al-Duhail, o Qatar.

Contratado de forma surpreendente, com reviravolta sobre Corinthians e São Paulo, Dudu chegou ao Palmeiras com status de estrela. O clube alviverde superou os rivais ao desembolsar 3 milhões de euros por 50% dos direitos econômicos do atacante.

Dudu logo caiu nas graças do torcedor, até pela forma como foi contratado. No fim do primeiro ano, conseguiu apagar a má imagem deixada na final do Estadual, quando perdeu um pênalti contra o Santos na partida de ida e foi expulso de campo na volta, depois de empurrar o árbitro Guilherme Ceretta pelas costas.

Em dezembro, novamente contra o Santos, marcou dois gols na final da Copa do Brasil. Nos pênaltis, com o brilho de Fernando Prass, outro símbolo da retomada alviverde, o Palmeiras conquistou o terceiro título na competição.

A liderança técnica voltou à tona na campanha do título brasileiro de 2016, conquistado depois de 22 anos de jejum do Palmeiras no Nacional. Dali a duas temporadas, depois de insucessos na Libertadores e a perda de um pênalti na decisão com o Corinthians no Paulistão, o Palmeiras conquistou o Brasileirão mais uma vez. E o camisa 7 foi novamente protagonista.

Naquela temporada, Dudu se tornou o maior artilheiro do clube no atual século ao atingir a marca de 54 gols com a camisa 7 do clube. Desde então, até março passado, voltou às redes em mais 16 oportunidades. Com 70 gols, o atacante supera Vagner Love, Willian, Valdivia e Kléber no período de 2001 a 2020.

Em cinco anos e meio de Palmeiras, Dudu foi convocado duas vezes para a seleção brasileira. Tite incluiu o atacante na lista de um amistoso com a Colômbia, em janeiro de 2017, quando apenas atletas que atuam no futebol brasileiro foram chamados. No mesmo ano, substituiu Douglas Costa, cortado, para os jogos contra Uruguai e Paraguai, pelas Eliminatórias.

Como mostrou o UOL Esporte pouco antes da Copa do Mundo da Rússia, Dudu fez parte da lista extra de 12 jogadores da seleção brasileira para a competição.

O Al-Duhail pagará 7 milhões de euros (R$ 42,2 milhões) por um ano de contrato e pode exercer a compra do atacante por mais 6 milhões de euros (R$ 36,2 milhões). Dudu deve viajar ao Qatar já neste sábado (11) para concluir exames médicos e assinar contrato. A transferência acontece em meio a uma acusação de agressão feita por Mallu Ohana, esposa do atleta.

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