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Boulos homenageia Sócrates e mortos da covid-19 em ato com torcedores

Guilherme Boulos em ato pela democracia em São Paulo - Adriano Wilkson/UOL
Guilherme Boulos em ato pela democracia em São Paulo Imagem: Adriano Wilkson/UOL

Adriano Wilkson

Do UOL, em São Paulo

07/06/2020 15h26

O militante Guilherme Boulos, ex-candidato à Presidência pelo PSOL e líder do MTST, compareceu ao protesto pró-democracia na tarde de hoje, no Largo da Batata, em São Paulo, trajando uma camiseta com o rosto de Sócrates, ídolo do Corinthians. A manifestação, na zona oeste da capital, foi puxada por torcedores.

"É uma homenagem a essa iniciativa, quando o futebol se junta com a luta pela democracia, quando a Gaviões da Fiel vai às ruas contra Bolsonaro. O doutor Sócrates deve estar orgulhoso onde quer que ele esteja, o criador da Democracia Corintiana, que participou das Diretas Já e sempre foi uma referência da luta democrática no Brasil", disse Boulos, um dos poucos representantes da política institucional presente ao ato.

Ao longo da semana, um movimento formado por torcedores, principalmente do Corinthians, convocou a manifestação, que tem adesão de militantes de coletivos de esquerda, como o movimento negro e antifascista.

"Acho que as torcidas organizadas tiveram coragem, ousadia e fizeram uma belíssima manifestação, que lavou a alma de muita gente. Isso abriu caminho para que vários movimentos repensassem sobre as manifestações. A partir desse passo inicial das torcidas, nós nos sentimos chamados a ter uma atuação, com todos os cuidados necessários", afirmou Boulos.

Manifestantes SP - Adriano Wilkson/UOL - Adriano Wilkson/UOL
Manifestantes no Largo da Batata, em São Paulo
Imagem: Adriano Wilkson/UOL

No ato, há voluntários distribuindo máscaras e álcool em gel aos manifestantes. A organização também colocou marcas no chão para que as pessoas mantivessem o isolamento social, mas muitas vezes elas não foram respeitadas.

Por volta das 15h, Boulos discursou no caminhão de som e fez menção às vítimas da covid-19. Em vez de fazer um minuto de silêncio pelos mortos, o líder do MTST pediu minuto de aplausos. "Chega de mortes", disse ele.