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Não será possível fazer na data marcada, diz Bruninho sobre Jogos Olímpicos

Bruninho foi importante no primeiro set - Divulgação/FIVB
Bruninho foi importante no primeiro set Imagem: Divulgação/FIVB

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/03/2020 12h35

Para o campeão olímpico Bruno Rezende, os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 precisarão ser adiados por conta da pandemia de coronavírus. Atualmente na Itália, onde defende o Civitanova, o levantador da seleção brasileira de vôlei afirmou, em entrevista ao Fox Sports, que, neste momento, é difícil fazer previsões, mas acredita que o Comitê Olímpico Internacional (COI) terá que reagendar a competição.

Sem treinar e saindo o mínimo possível de casa, Bruninho ainda revelou que, assim como seu companheiro de clube Leal, foi impedido de voltar ao Brasil, conforme sugeriu o Comitê Olímpico do Brasil (COB), em comunicado enviado aos atletas que estão na Europa.

"Sobre os Jogos Olímpicos, neste momento fica até difícil a gente falar. Lógico que, como atleta, a minha vontade é sempre de estar em quadra, estar treinando, mas, neste momento, o mais importante é pensar na saúde mundial. É difícil, hoje, você fazer previsões. É lógico que o trabalho de quatro anos é sempre voltado para chegar naquele momento mais importante, que são os Jogos Olímpicos, mas, neste momento, é difícil falar. Eu acredito que não será possível fazer na data que está marcada. Acho que tudo depende de como a gente vai combater esse vírus por todo o mundo. Numa competição como os Jogos Olímpicos, que tem atletas de todo o mundo, fica difícil até imaginar que todos os países estejam no mesmo momento em relação ao cornavírus", avaliou o campeão olímpico.

Em relação ao clube italiano, Bruninho contou que o Civitanova, em tom de ameaça, não permitiu seu retorno ao Brasil:

"Ontem, a gente teve uma carta do COB, que está procurando todos os atletas que estão na Europa, recomendando a volta de todos os atletas para o Brasil, mas o clube aqui foi totalmente contra. De certa forma, nos negaram. De certa forma, até em tom de ameaça. Então, não foi possível a nossa (Bruno e Leal) volta. A nossa vontade era de conseguir fugir um pouco do olho do furacão, que hoje é a Itália, sabendo que, no Brasil, a gente teria que passar por quarentena, mas em casa é sempre melhor. Mas não foi permitido, e agora é ter serenidade e tranquilidade de continuar essa quarentena aqui", disse.

Bruninho ainda falou sobre sua rotina na cidade italiana. Com o campeonato suspenso até o início de abril, o levantador, sem treinar há seis dias, afirmou que a Itália inteira está de quarentena há uma semana.

"Eu estou há seis dias sem poder treinar, não pode sair de casa, apenas para supermercado. A Itália inteira está de quarentena há exatamente uma semana. Hoje em dia, o dia a dia é esse, ficar em casa, tenho tentado me prevenir ao máximo possível e sair o mínimo possível", relatou Bruno, que seguiu:

"Ainda não cancelaram o campeonato, está apenas suspenso até o dia três de abril pelo menos. Então, todos aguardando. A Liga das Nações, que seria o primeiro campeonato de seleções, que começaria no final de maio, já foi adiada para depois da Olimpíada. O vôlei também está sofrendo com isso. Muitos campeonatos aqui na Europa já estão totalmente cancelados, alguns brasileiros que estavam aqui já voltaram para o Brasil".