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Jogo do Inter no Chile tem incêndio dentro de estádio e briga com polícia

Jogo do Inter em Santiago, contra Universidad de Chile, teve até incêndio no estádio Nacional em protesto contra autoridades - REUTERS/Edgard Garrido ORG XMIT: AIMEX
Jogo do Inter em Santiago, contra Universidad de Chile, teve até incêndio no estádio Nacional em protesto contra autoridades Imagem: REUTERS/Edgard Garrido ORG XMIT: AIMEX

Do UOL, em Porto Alegre

04/02/2020 20h20Atualizada em 04/02/2020 22h10

A partida entre Internacional e Universidad de Chile teve uma grande confusão no segundo tempo, dentro do estádio, mesmo, com invasão de campo, incêndio e briga entre torcedores e policiais. Os protestos no país têm atingido as partidas de futebol e o empate em 0 a 0 de hoje (04) pela fase preliminar da Libertadores não foi diferente.

A transmissão da partida, com imagens geradas a partir de Santiago, não mostrou sequer um desses incidentes. Porém, relatos de veículos de imprensa presentes foram claros sobre a confusão ocorrida —veja abaixo vídeo da reportagem da TV Bandeirantes. O Inter vai reclamar formalmente sobre os incidentes à Comebol. Por ora, a confederação sul-americana afirma que que vai apenas abrir um processo disciplinar para avaliar o caso.

No final da partida, um grupo de torcedores entrou em confronto com os policiais. Primeiro, desde o intervalo, fora do estádio. Depois, a confusão entrou para o Estádio Nacional, com arremesso de cadeiras de torcedores em policiais. O jogo ficou parado por menos de três minutos, e depois o árbitro Facundo Tello, da Argentina, mandou a partida seguir.

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Imagem: REUTERS/Edgard Garrido ORG XMIT: AIMEX

Após alguns minutos, o clima ficou mais tenso. Dois torcedores invadiram a pista atlética. Mas os aficionados que entraram não foram até o campo de jogo, preferiram provocar os policiais, que quando iam intervir eram acertados por pedras e cadeiras.

O cenário ficou ainda pior quando os aficionados iniciaram um incêndio em um dos setores do estádio. Os torcedores atearam fogo em lixo e alimentavam as chamas para chamar atenção. Um bombeiro foi tentar apagar o incêndio e, quando realizaria seu trabalho, foi atingido por todo tipo de material arremessado pelos protestantes. Precisou ser protegido por policiais até vencer as chamas.

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Imagem: REUTERS/Edgard Garrido ORG XMIT: AIMEX

O árbitro levou o jogo até o fim. Ainda que D'Alessandro tenha reclamado de objetos arremessados na pista atlética, que a confusão tenha tomado as arquibancadas, que a invasão tenha ocorrido também longe do campo de jogo, o compromisso seguiu até o fim.

"Não somos nós que temos que tomar uma decisão. No momento que aconteceram os incidentes, tanto a arbitragem quanto as pessoas que estavam ali da Conmebol decidiram que era melhor continuar o jogo, nós não podemos interceder nisso. Obviamente que gera uma distração a todos, certamente vocês (imprensa) também. Olham mais a isso que o jogo. Mas creio que é muito difícil opinar. Por mais que pensemos algo, não interferimos na decisão", explicou o técnico Eduardo Coudet depois da partida.

O volante Edenilson foi além e disse que as chamas do incêndio atrapalharam o goleiro Marcelo Lomba.

"Não somos nós que decidimos se joga ou para o jogo (por causa da confusão). Lógico que atrapalha, principalmente o Lomba, que é o goleiro que estava daquele lado. Quando o goleiro deles estava daquele lado não se fez nada. Começou depois para atrapalhar a nossa defesa. Tinha que parar o jogo, esperar terminar a confusão. Mas nós continuamos concentrados em busca do gol", opinou.

Os protestos no Chile tomam as ruas há bastante tempo. Mas se aproximaram ainda mais do futebol em razão da morte de um torcedor do Colo-Colo, próximo a um estádio, atropelado por um carro da polícia.

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