Brasileiro tem provocações, efeito pós-Carpini, golaços e Corinthians no Z4

Saudades do que já vivemos em outros confrontos Palmeiras x Flamengo. Tanto para rubro-negros, que comemoraram um 3 a 0 no ano passado, ou palmeirenses, que até hoje festejam Andreas Pereira.

Confrontos recentes entre os dois times já foram muito mais mais divertidos do que o de ontem. Por isso, a sensação de que o clássico pela terceira rodada do Brasileirão flopou.

Mas ficaram as provocações. Um torcedor, por exemplo, apareceu com a camisa do vilão rubro-negro na Libertadores 2021. Aquele mesmo jogo rendeu um mosaico no Allianz, com a cena do chute de Deyverson superando Diego Alves.

Durante o jogo, a torcida do Palmeiras puxou o grito "cheirinho", com a resposta dos flamenguistas com o "sem Mundial".

Mas, em geral, o entretenimento passou longe do sintético do Allianz Parque.

No Palmeiras x Flamengo, sobraram faltas para frear o adversário, marcação intensa e uma cena mal feita de Gerson tentando simular um pênalti no segundo tempo. As canetas de Bruno Henrique e Endrick foram a exceção de beleza no confronto.

A troca de alfinetadas durante a semana dos presidentes dos clubes, Rodolfo Landim e Leila Pereira, foi mais emocionante. O técnico Abel Ferreira classificou isso como "sal e pimenta". E gostou desse tempero, que, na prática, apareceu na arquibancada e sumiu dentro de campo.

Os dois lados reclamaram da maratona física. Pedro e De La Cruz começaram no banco. Abel disse que já deveria ter colocado Raphael Veiga para descansar antes.

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Não tem mais time 100%

O empate do Flamengo e a derrota do Internacional para o Athletico fizeram com que o Brasileirão tenha deixado de ter times com 100% de aproveitamento.

Nos gols pró, a liderança fica com o Red Bull Bragantino, com sete pontos. O Fla de Tite também tem o mesmo número de pontos, mas um gol a menos marcado.

Galo, frango, pipoca e chororô

Em um dos clássicos que tiveram movimento nesta rodada, a dose de provocação também foi alta.

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E melhor para o Atlético-MG, que sapecou 3 a 0 no Cruzeiro. Aí, os gatilhos que já tinham sido usados no Campeonato Mineiro renasceram.

Teve Guilherme Arana comemorando com chororô (dizendo que os arredores da Pampulha ficariam alagados), teve o mascote do Galo jogando pipoca para o alto (referência à perda do título de virada no Mineirão) e teve o frango do goleiro Anderson no chute do próprio Arana. Foi o terceiro gol atleticano, ainda no primeiro tempo.

Arana provoca cruzeirenses após marcar para o Atlético-MG em jogo do Campeonato Brasileiro
Arana provoca cruzeirenses após marcar para o Atlético-MG em jogo do Campeonato Brasileiro Imagem: Pedro Souza / Atlético

Flu acaba com jejum nos clássicos

Quem saiu grande do clássico no fim de semana foi Fernando Diniz. Depois de 13 jogos, o Fluminense voltou a vencer um confronto com um rival do Rio, ao bater o Vasco por 2 a 1. Diniz alfinetou a imprensa depois do jogo. O Vasco reclamou de uma bola no braço do zagueiro Manoel na área que não gerou pênalti.

É sempre bom ganhar, quebrou os 13 clássicos sem vencer. Essa notícia não dava pra ficar. Muita gente vai ficar triste, não vai dar pra criar caos. Até recapitulando, muito clássico que a gente deixou de ganhar na conta foi por causa da Libertadores, da Recopa. Se tivesse um outro jogo, a gente teria que poupar e poderia ser que não ganhasse. As pessoas gostam de colocar tudo na mesma conta. Vamos ver qual vai ser o próximo assunto para polemizar. Fernando Diniz, técnico do Fluminense

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Rodada com golaços

Seja com chutaços ou lance de construção coletiva, a rodada do Brasileirão teve vários golaços. O repertório, inclusive, foi variado.

Cannobio, do Athletico, acertou uma chapada na gaveta. Everaldo, do Bahia, usou a força, mas também mandou onde a coruja dorme.

Savarino fez um golaço de falta. Mas o Botafogo chamou atenção também pela jogada coletiva que resultou no gol de Danilo Barbosa. Nesse contexto, o time alvinegro virou o dono do melhor ataque ao fazer 5 a 1 sobre o Juventude.

A lista de gols bonitos inda teve Ferreirinha flutuando como uma flecha até o chute certeiro para o São Paulo.

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Difícil decidir qual foi o melhor e quem desponta como potencial artilheiro do Brasileiro. Após três rodadas, 12 jogadores estão empatados com dois gols marcados.

O mais indisciplinado

Mas quem tá liderando a estatística de cartões vermelhos, disparado, é o Atlético-GO.

Assim como na primeira rodada, contra o Flamengo, o Dragão terminou o jogo contra o São Paulo com dois expulsos. Agora, são quatro jogadores que já levaram vermelho neste Brasileirão. A quinta expulsão foi do técnico Jair Ventura.

Em três jogos, o Atlético-GO tem três derrotas.

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Acho que 11 contra 11 já estava difícil o jogo, pela qualidade do São Paulo. Quando você perde dois jogadores, fica ainda mais difícil. Mas não trabalho com achar vilão. Eu não vou responsabilizar um jogador ou outro. Jair Ventura, técnico do Atlético-GO

Zubeldía vai encontrar uma equipe bem unida, forte, um elenco muito bom, unido, os jogadores se gostam. Vai encontrar um time forte. Milton Cruz, auxiliar do São Paulo.

O jogo também teve a presença de Diego Lugano, ídolo tricolor. O ex-zagueiro uruguaio bem que tentou disfarçar, com óculos e boné, mas foi flagrado no meio da arquibancada.

Corinthians na zona

Se o Atlético-GO tem três derrotas, dois times ainda não venceram e nem sequer fizeram gols até agora no Brasileirão. O sinal de alerta está ligado para o Corinthians e o Cuiabá.

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O Timão perdeu para o agora líder Red Bull Bragantino no sábado e amarga a zona de rebaixamento neste início de campeonato.

A comparação com o lanterna Cuiabá tem um asterisco: o time do Centro-Oeste teve um jogo adiado por causa da Copa Verde e só fez dois jogos até aqui. Ou seja, poderia ser pior para o Corinthians.

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