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Após confusão, Rollo afirma que todos se indispõem com Peres: "Unanimidade"

Orlando Rollo, vice-presidente do Santos - UOL
Orlando Rollo, vice-presidente do Santos Imagem: UOL

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

11/11/2019 16h29

Resumo da notícia

  • Vice-presidente Orlando Rollo, que estava afastado, retornou hoje ao cargo e alega ser "presidente em exercício" por causa da punição do STJD a Peres
  • Jurídico do Santos não reconhece Rollo como presidente e afirma que Peres pode continuar no cargo apesar da punição de 15 dias
  • Rollo chamou coletiva de imprensa na sala da presidência na Vila Belmiro e foi impedido pela segurança do Santos em ato que chamou de ilegal
  • Em coletiva, criticou o desafeto José Carlos Peres, a quem chamou de "unanimidade" no quesito relacionamento ruim com dirigentes contratados
  • O vice-presidente afirmou que seguirá no cargo enquanto Peres estiver suspenso e, após o retorno do mandatário, voltará para a vice-presidência

O vice-presidente Orlando Rollo, atualmente presidente em exercício por causa da punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao mandatário José Carlos Peres, voltou ao Santos na manhã de hoje e, após confusão na entrada administrativa da Vila Belmiro, se pronunciou e não deixou de atacar o desafeto Peres.

Rollo chegou pela manhã com cerca de 20 ex-funcionários do clube e foi até a sala da presidência amparado pela decisão do Conselho Deliberativo que anulou a portaria emitida por Peres que tirava os poderes do vice. A segurança do clube autorizou a entrada dos ex-funcionários.

O cartola chamou uma coletiva de imprensa na sala da presidência do clube, mas não foi autorizado por funcionários do Santos sob ordens de José Carlos Peres. O Peixe não reconhece que Rollo seja efetivamente o presidente em exercício e afirma que a punição do STJD vale para "atos meramente desportivos" perante a CBF e FPF.

O estafe de Rollo, por outro lado, defende que a punição abrange todas as esferas. O vice-presidente ainda afirmou que voltou ao clube nesta manhã por decisão do Conselho Deliberativo e se deparou, coincidentemente, com o cenário da punição de Peres. A partir daí, para que o clube não ficasse 15 dias sem um representante legal, assumiu a presidência, segundo ele, de forma provisória.

"Volto para a vice-presidência (quando Peres retornar). Talvez volte até antes (dos 15 dias). Se o Peres conseguir um efeito suspensivo no STJD, vou imediatamente para a vice-presidência. Estou aqui para cumprir determinação judicial. Depois, volto à vice-presidência normalmente", disse Rollo, que não poupou críticas ao desafeto presidente do clube.

"Presidente afastado Peres consegue ser unanimidade. Não tem ninguém que se dê bem com ele. Todo mundo que aporta no Santos Futebol Clube, seja no Departamento de Futebol ou na gestão administrativa, se indispõe com ele, um absurdo. O problema não é meu, me dou bem com todos, são amigos. O problema é que todo mundo briga com o Peres e ele com todo mundo. Sou apenas mais uma das vítimas do temperamento dele", afirmou Orlando Rollo.

O cartola emitiu um ofício pedindo a saída de quatro membros do Comitê de Gestão, o que ele teria poderes para fazer como presidente em exercício, e indicando substitutos, o que precisa de aprovação do Conselho Deliberativo.

Segundo o vice-presidente santista, a guerra política vivida no Santos é normal no futebol brasileiro. No entanto, ele fez questão de dizer que o futebol está "blindado" dos problemas internos do clube.

"Esse tipo de problema político acontece em quase todos os clubes do futebol brasileiro. Quero tranquilizar todos os santistas, o futebol está blindado. Entramos em contato com a direção de futebol e passamos pra eles que esse problema é somente na parte administrativa do clube. Passei tranquilidade para o departamento de futebol para que o Sampaoli continue o belíssimo trabalho, sou fã dele e quero que continue", opinou.

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