Pontos fortes da Sérvia na Copa mostram que Fagner e Marcelo terão trabalho

Explorar os extremos do campo, para aproveitar possíveis brechas deixadas pelos laterais, foi a alternativa ofensiva mais usada pelos adversários da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia até o momento. Só que tanto a Suíça quanto a Costa Rica concentraram pressão no lado esquerdo da defesa, em cima de Marcelo. Diante da Sérvia, nesta quarta-feira (27), em jogo que definirá os classificados do Grupo E às oitavas de final, a equipe de Tite terá pela frente um rival que já mostrou repertório para assustar em qualquer setor.
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Quando opta por atacar pela direita, os sérvios acionam o seu camisa 10, Dusan Tadic. Canhoto e habilidoso, o jogador de 29 anos tem função quase fixa pela ponta. Vez ou outra tenta a infiltração pelo meio, para tabelar ou finalizar, mas tem se saído melhor “agredindo” os laterais nesta Copa – e assim será com Marcelo, nesta quarta. Desta forma, ele fez um cruzamento perfeito para Mitrovic abrir o placar na derrota por 2 a 1 para a Suíça. Nesta partida, o meia foi o jogador que mais conduziu a bola na direção do campo adversário: 54 vezes.
Desde o início da carreira, a assistência é o ponto forte de Tadic, que está prestes a trocar o Southampton, da Inglaterra, pelo tradicional Ajax, da Holanda. Na temporada 2010-11, quando defendia o Groningen-HOL, ele foi o terceiro jogador com mais passes para gols no futebol europeu: 22, atrás apenas do argentino Lionel Messi e do alemão Mesut Özil.
Quando a necessidade faz com que o ataque seja pela esquerda, é em Aleksandar Kolarov que a Sérvia aposta as suas fichas. O lateral se destaca pela altura (1,87 m) e a velocidade em campo. Contra a Costa Rica, o jogo foi todo apoiado no veterano de 32 anos, que liderou a estatísticas de arrancada (45) e saiu de campo como herói ao balançar as redes em cobrança de falta na vitória por 1 a 0.
Contra a seleção brasileira, Kolarov tende a ser ainda mais utilizado pela Sérvia. A altura do veterano se destaca em relação à de Fagner (1,68 m), dono da lateral direita brasileira, e Willian (1,75 m), ponta pelo setor.
“Vai depender muito da situação de jogo. No futebol moderno, não necessariamente vou marcar o Kolarov. Nosso jogador de beirada pode estar nele várias vezes. Depende das circunstâncias. Não tem essa de precisar ser defensivo. Temos de ver como o jogo vai se desenvolver, e em cima disso vamos tentar criar chances de gol”, disse Fagner, em entrevista coletiva no último domingo (24), ao ser questionado sobre uma necessidade de ser mais defensivo contra os sérvios.
A partida entre Brasil e Sérvia está marcada para esta quarta-feira (27), em Moscou, às 15h (de Brasília). A seleção precisa de ao menos um empate contra os europeus para se classificar às oitavas de final sem depender de outros resultados.
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