Álbum alternativo da Copa troca fotos por retratos artísticos dos jogadores
Alemães e suíços que tenham completado ou se cansado do álbum oficial de figurinhas da Copa do Mundo podem seguir um caminho completamente alternativo para satisfazer seu apetite de colecionador. Os vizinhos europeus oferecem um álbum artístico que nada tem a ver com a Panini e a Fifa. Melhor: em vez das tradicionais fotos, seus cromos têm estampados retratos ilustrados dos selecionáveis para a Rússia 2018.
O projeto é uma iniciativa da editora "Tschutti Heftli" lançou seu primeiro álbum artístico em 2008, dedicado à Eurocopa. O álbum da Rússia 2018 é o sexto dessa linha, estando disponível também na Alemanha.
Cada capítulo, ou melhor, cada seleção tem 14 figurinhas, incluindo retratos dos técnicos da seleção, escudos e mascotes aleatórios e até mesmo os tão cobiçados cromos prateados. O álbum custa 3,90 euros (cerca de R$ 16,00) e o pacote, 1,70 euro (R$ 7,10).
Os 32 artistas selecionados passaram por um processo seletivo peculiar: simplesmente elaborar um retrato de Diego Armando Maradona, sem nenhuma outra diretriz estabelecida pelo coletivo.
Mais de 500 obras foram enviadas. Entre os jurados estava Alexi Lalas, ex-zagueiro dos Estados Unidos que jogou a Copa de 1994 e hoje uma figura multimídia em seu país.
Uma campanha de financiamento online foi realizada, arrecadando 13.470 francos suíços (o equivalente a R$ 46.280), que serão distribuídos entre os artistas.
Nenhum brasileiro foi escolhido. Entre as nacionalidades contempladas, a Alemanha (por que não?) foi a vencedora, com quatro representantes. Artistas de países que estão fora da Copa também foram selecionados, como Indonésia, Ucrânia e, para tristeza de muitos, Itália.
Também foi realizado um concurso entre crianças com menos de 13 anos, com temática livre -- 11 desenhos foram escolhidos. À criançada estava liberada a escolha do jogador. Um garoto alemão de 9 anos de idade e uma garota russa de 11 anos optaram por retratar Neymar e venceram. Um desenho de Cristiano Ronaldo também foi aprovado, assim como outro de Maradona. Nada de Messi.
“Com esses desenhos nós criamos uma simbiose entre a cultura do futebol e a arte. Os colecionadores não só têm um panorama sobre seleções e jogadores participantes como entram em contato com diferentes estilos da ilustração contemporânea”, afirma Silvan Glanzmann, um dos idealizadores do projeto.
Além de oferecer aos torcedores uma perspectiva única sobre os craques da Copa, os editores também se comprometem com causas humanitárias. Um terço do valor de cada pacote de figurinhas vendido será distribuído a dois projetos de caridade – “terre des hommes” na Suíça e “Viva con Agua”, na Alemanha.
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