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Copa 2018

Ganês que errou pênalti contra Uruguai não cobra mais por promessa à mãe

Ganense Gyan cobra pênalti no último lance da prorrogação contra o Uruguai, e a bola bate na trave - AFP PHOTO / PEDRO UGARTE
Ganense Gyan cobra pênalti no último lance da prorrogação contra o Uruguai, e a bola bate na trave Imagem: AFP PHOTO / PEDRO UGARTE

Do UOL, em São Paulo

20/04/2018 15h25

A Copa do Mundo de 2010 aconteceu há quase oito anos, mas um lance daquele Mundial ainda angustia Asamoah Gyan. O atacante era um dos principais nomes de Gana, e perdeu o pênalti no último lance do tempo regulamentar em jogo contra o Uruguai, pelas quartas de final.

Em entrevista ao podcast espanhol El Enganche, o atacante de 32 anos revelou que o lance, que levou a partida para a prorrogação e foi vencida pelo Uruguai nos pênaltis, ainda o causa traumas.

"Eu me lembro que jogamos bem aquela partida. Nós éramos os únicos africanos que estavam classificados e quando errei esse pênalti, achei que tinha falhado com todos os africanos. Na rua, até pessoas que não sabem sobre futebol me apontam como 'o cara que errou o pênalti'".

Tamanhas críticas e sentimento de culpa levaram Asamoah Gyan a fazer uma promessa para sua mãe, pouco antes dela morrer em um acidente de carro em 2012.

"Antes de morrer, minha mãe pediu para que eu não batesse mais pênaltis por Gana. Depois daquele da Copa, bati outro e também errei pela Copa Africana de Nações. Depois eu prometi que não ia cobrar mais e por isso tenho que cumprir minha promessa para que ela descanse em paz", afirmou Gyan.

Atualmente jogando pelo Kayserispor, da Turquia, o ganês afirma que ainda gostaria de enfrentar a seleção celeste para tentar recompensar o erro em 2010.

"Eu não costumo chutar alto, mas quando perdi, fiquei chocado e não sabia o que fazer. Eu só pensei que queria seguir jogando e ter uma revanche, mas eu assisti o vídeo do pênalti mil vezes e é um dos momentos mais difíceis da minha vida", disse.

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