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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Com City e Benzema, Mundial vira 'missão mais impossível' para brasileiros

Colunista do UOL

13/06/2023 04h00

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Pep Guardiola, Erling Haaland, Kevin de Bruyne e todos os astros do Manchester City, um clube árabe cheio da grana e reforçado pela estrela Karim Benzema, os maiores campeões da história da África e da Oceania, além do tradicional representante da vez do futebol mexicano.

A última edição do Mundial de Clubes da Fifa no formato que conhecemos e que vem sendo utilizado há quase duas décadas tem tudo para ser uma missão "ainda mais impossível" para o representante da América do Sul.

Além do alto nível técnico dos adversários, o campeão da Libertadores praticamente não terá tempo de fazer uma preparação específica para o torneio que será disputado na Arábia Saudita. Afinal, a distância entre a final continental (4 de novembro) e o pontapé inicial do campeonato global (12 de dezembro) será de pouco mais de um mês.

Vale lembrar que os dez últimos títulos mundiais foram para a Europa. O último sul-americano a levantar a taça foi o Corinthians, em 2012.

Como será o Mundial-2023

Seis dos sete participantes já são conhecidos. O único continente que ainda não definiu seu representante é justamente a América do Sul.

Manchester City (ING): vencedor da Champions. Conta com um técnico que ganhou o torneio três vezes (Guardiola) e com o artilheiro da Europa em 2022/23 (Haaland, autor de 52 gols).

Urawa Red Diamons (JAP): campeão da Ásia. Tem um time experiente, com base formada por "trintões". O nome mais conhecido é o capitão Hiroki Sakai, ex-Olympique de Marselha e com mais de 70 jogos pela seleção no currículo.

Al Ahly (EGI): dono do troféu da África. Bate cartão no torneio em quase todos os anos. É o maior vencedor africano de todos os tempos, com 11 títulos. Já foi três vezes terceiro colocado no Mundial.

León (MEX): ganhador da Concachampions: Diferente de outros times mexicanos que passaram pelo torneio nos últimos anos, não conta com tantos jogadores conhecidos do público brasileiro. O costarriquenho Joel Campbell, que já jogou no Arsenal, é exceção.

Auckland City (NZL): representante da Oceania. Recordista de participações em Mundiais, estará presente pela 11ª vez. É o favorito para segurar a lanterninha.

Al-Ittihad (ARA): time do país-sede. Acabou de desbancar o Al-Nassr de Cristiano Ronaldo e ser campeão saudita. Já contratou Karim Benzema, tem negociações avançadas com N'Golo Kanté e um orçamento enorme para atrair outros astros da Europa.

O futuro do Mundial

Jogado anualmente desde 2005, o Mundial de Clubes da Fifa se despedirá desse formato em dezembro. A partir do próximo ano, ele será substituído por dois torneios diferentes organizados pela entidade.

A cada quatro anos, será disputada a Copa do Mundo de Clubes, que contará com 32 participantes divididos em oito grupos de quatro. A primeira edição está confirmada para 2025 e já conta com a presença certa de dois brasileiros: Palmeiras e Flamengo.

Nos outros três anos do ciclo, a Fifa promete organizar um Mundial semelhante ao atual, com um representante por continente, mas com o campeão europeu entrando diretamente na final. Os outros times precisarão passar por quartas e semifinais para depois desafiar o vencedor da Champions.