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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Como o Real Madrid, rival do Fla no Mundial, perdeu força após a Copa-2022

Real Madrid vendo sofrendo com problemas de desempenho desde o fim da Copa-2022 - Biel Alino/EFE
Real Madrid vendo sofrendo com problemas de desempenho desde o fim da Copa-2022 Imagem: Biel Alino/EFE

02/02/2023 04h00

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O Real Madrid se credenciou para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa com o título da Liga dos Campeões da Europa conquistado na temporada passada. Mas seu aproveitamento depois da paralisação das atividades por causa da Copa do Mundo é digno de um time incapaz de brigar por taças.

O time de Vinícius Júnior, que enfrenta hoje o Valencia, pelo Campeonato Espanhol, em seu penúltimo compromisso antes da viagem para Marrocos, tem acumulado tropeços desde que seus jogadores retornaram do Qatar-2022.

Os merengues só ganharam cinco dos nove jogos que disputaram no pós-Mundial, perderam a Supercopa da Espanha e viram o arquirrival Barcelona abrir cinco pontos de vantagem na liderança da La Liga.

O aproveitamento do Real depois da Copa está na casa de 62,9% dos pontos disputados. Apesar de não ser catastrófico, esse desempenho está longe de ser o de times que brigam pela primeira posição dos campeonatos que disputam.

No Espanhol, por exemplo, essa campanha só seria suficiente para ocupar a quarta colocação. Na Premier League inglesa, colocaria um time na quinta posição. No Italiano, pior ainda, já que renderia um já modesto sexto lugar na classificação.

Antes da interrupção das competições interclubes para a Copa-2022, a história que o Real vinha escrevendo na temporada 2022/23 era bem mais satisfatória. O time tinha um aproveitamento superior a 80%, havia se classificado para as oitavas de final da Champions na liderança da sua chave e estava colado no Barça na tabela do Espanhol.

E o pior é que o Real nem pode utilizar o desgaste físico provocado pela competição no Qatar como justificativa para sua queda de desempenho. Afinal, apenas três dos seus jogadores (os franceses Eduardo Camavinga e Aurélien Tchouaméni, além do meia croata Luka Modric) disputaram a competição até o fim.

Todos os outros voltaram para casa mais cedo e puderam fazer um trabalho de intertemporada antes de retornar aos torneios do calendário tradicional de clubes.

Normalmente disputado em dezembro, o Mundial de Clubes precisou ser adiado para fevereiro por causa da disputa da Copa, no fim do ano passado. Outra particularidade desta edição é que, como a Liga dos Campeões da Ásia ainda não terminou, o representante do continente será o vencedor do torneio de 2021, o saudita Al-Hilal.

No Marrocos, o Real defenderá uma invencibilidade de nove anos dos clubes europeus no torneio. A última vez que uma equipe do Velho Continente ficou sem taça foi em 2012, quando o Chelsea acabou derrotado pelo Corinthians.

O gigante espanhol é o maior vencedor da história da competição da Fifa, com quatro títulos (2014, 2016, 2017 e 2018). Os merengues ganharam ainda três edições da antiga Copa Intercontinental, que também tinha status de Mundial apesar de reunir somente os campeões de Europa e América do Sul: 1960, 1998 e 2002.

A equipe de Carlo Ancelotti abre sua participação no torneio deste ano na próxima quinta-feira, contra o vencedor do confronto entre Seattle Sounders (EUA) e Al-Ahly (EGI). Quem ganhar a semifinal fará a decisão contra o campeão da outra chave (que tem o Flamengo como força número um) no dia 11.

Real Madrid no pós-Copa do Qatar

30/12 - vitória por 2 a 0 contra o Valladolid (Espanhol)
3/1 - vitória por 1 a 0 contra o Cacereño (Copa do Rei)
7/1 - derrota por 2 a 1 contra o Villarreal (Espanhol)
11/1 - empate por 1 a 1 com o Valencia (Supercopa da Espanha)
15/1 - derrota por 3 a 1 contra o Barcelona (Supercopa da Espanha)
19/1 - vitória por 3 a 2 contra o Villarreal (Copa do Rei)
22/1 - vitória por 2 a 0 contra o Athletic Bilbao (Espanhol)
26/1 - vitória por 3 a 1 contra o Atlético de Madri (Copa do Rei)
29/1 - empate por 0 a 0 contra a Real Sociedad (Espanhol)
APROVEITAMENTO: 62,9% dos pontos disputados