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Rafael Reis

REPORTAGEM

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O que esperar da Suíça, segunda adversária do Brasil na Copa do Mundo-2022?

27/11/2022 04h00

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O sofrimento da Suíça para descolar uma vitória sobre Camarões, na estreia na Copa do Mundo, não serve como nenhum parâmetro das dificuldades que o Brasil irá encontrar em seu segundo compromisso no Qatar-2022, amanhã, a partir das 13h (de Brasília), em Doha, justamente contra a seleção europeia.

Afinal, desde que se firmaram no cenário internacional como frequentadores assíduos das grandes competições, na primeira década deste século, os helvéticos sempre tiveram como característica essa espécie de "duas caras".

Quando se depara contra adversários tecnicamente inferiores, que entram em campo sonhando exclusivamente com a manutenção do 0 a 0, caso de Camarões, a Suíça costuma encontrar bastante dificuldade. Mesmo quando escapa do tropeço, a vitória tende a ser magra, com apenas um ou dois gols de diferença.

Mas o time que têm dificuldades para dominar os pequenos costuma se multiplicar de tamanho ao se deparar com as maiores forças do futebol mundial.

Só no atual ciclo, a Suíça eliminou a França da última Eurocopa, derrotou Bélgica, Portugal e Espanha e empatou com Inglaterra, Itália (duas vezes) e Alemanha (também duas vezes). Além disso, chegou à fase final da primeira edição da Liga das Nações da Europa (2019) e fez uma campanha bastante digna na mais recente.

O Brasil e Tite já conhecem bem essa faceta dos adversários de amanhã. Quatro anos atrás, as duas seleções também se encontraram na fase de grupos da Copa. E, apesar de toda a tradição e de possuir um elenco bem mais gabaritado, a equipe pentacampeã mundial não conseguiu vencer (houve empate por 1 a 1).

Ao contrário da equipe canarinho, a base helvética é a mesma que foi à Rússia-2018. Xherdan Shaqiri, Granit Xhaka, Ricardo Rodríguez, Yann Sommer, Breel Embolo, Haris Seferovic, Manuel Akanji... todos eles continuam vestindo o uniforme vermelho da seleção. E é aí que está a maior virtude e o grande problema do segundo rival brasileiro no Qatar.

Por ter um grupo que está junto há muito tempo, os suíços possuem um dos times mais entrosados do Mundial. Os jogadores se conhecem perfeitamente bem e sabem o que esperar dos seus companheiros dentro de campo. Eles também já conseguiram muitos resultados positivos com essa geração, o que dá um belo upgrade de confiança e aumenta sua competitividade.

Por outro lado, o tempo passa... e quase todos esses remanescentes da Copa passada vivem hoje um momento pior do que em 2018. Shaqiri, por exemplo, estava na Premier League inglesa, o campeonato nacional mais badalado do planeta, no último encontro com o Brasil. Agora, dá as caras na MLS (Major League Soccer) norte-americana.

As exceções são Akanji e Xhaka. O primeiro acabou de ser contratado pelo Manchester City e tem sido utilizado como titular por Pep Guardiola. Já o segundo é capitão do Arsenal, líder na Inglaterra, e nunca jogou tanto na carreira quanto agora. É o cara que atua logo à frente da defesa e inicia a distribuição de bolas nas ações ofensivas suíças.

A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e conta com a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e é baixa.

O torneio está sendo disputado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por causa do calor que faz no país sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.

Essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizada por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.

Copa do Mundo - Grupo G

24/11 - Suíça 1 x 0 Camarões, Al-Janoub, em Al-Wakrah
24/11 - Brasil 2 x 0 Sérvia, Iconic, em Lusail
Amanhã, às 7h - Camarões x Sérvia, Al-Janoub, em Al-Wakrah
Amanhã, às 13h - Brasil x Suíça, 974, em Doha
02/12, às 16h - Sérvia x Suíça, 974, em Doha
02/12, às 16h - Camarões x Brasil, Iconic, em Lusail

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