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Rafael Reis

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Como Messi voltou a ser Messi na 2ª temporada pelo PSG

Lionel Messi comemora após marcar para o PSG contra o Maccabi Haifa pela Champions League - Sebastian Frej/MB Media/Getty Images
Lionel Messi comemora após marcar para o PSG contra o Maccabi Haifa pela Champions League Imagem: Sebastian Frej/MB Media/Getty Images

02/11/2022 04h00

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Depois de uma temporada de estreia pelo Paris Saint-Germain abaixo do "padrão Lionel Messi de qualidade", o craque argentino está novamente mostrando por que ele é o maior colecionador de prêmios de melhor jogador do planeta da história.

Aos 35 anos e prestes a disputar a quinta Copa do Mundo da sua carreira, o camisa 30 do PSG voltou aos seus melhores dias e já tem sido tão decisivo em campo quanto na época em que desfilava gols e passes mágicos com a camisa do Barcelona.

Messi, que hoje visita a Juventus, pela última rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa, já soma 12 bolas nas redes e 13 assistências em 17 partidas pela equipe francesa em 2022/23.

Com 25 participações diretas em gols ao longo dos últimos três meses, ele já praticamente igualou tudo que produziu durante a temporada passada inteira. Afinal, no ano de estreia pelo PSG, ele gerou 26 jogadas que movimentaram o placar (11 com finalizações dele próprio e 15 com passes para companheiros marcarem).

Na comparação com os primeiros 12 meses da passagem de Messi pela França, sua média de participação de gols quase que dobrou: saltou de 0,76 para 1,47 por partida.

A marca atual, aliás, é superior à da maior parte do tempo em que o argentino brilhou pelo Barcelona. Nas últimas dez temporadas, apenas em uma (2014/15), o craque conseguiu ser ainda mais produtivo do que agora — na ocasião, gerou 1,56 gol por jogo disputado.

O "renascimento" de Messi é uma notícia ótima para o PSG e maravilhosa para a seleção argentina, que defende uma invencibilidade de 35 partidas e aposta todas as fichas em seu capitão para tentar o tricampeonato mundial no Qatar-2022.

A Copa do Mundo é uma espécie de "único título que falta" ao veterano astro. Em 2014, ele bateu na trave, mas acabou derrotado pela Alemanha na decisão no Maracanã.

Com três vitórias e dois empates, o PSG já assegurou antecipadamente sua presença na fase final da Liga dos Campeões. No entanto, ainda está na briga com o Benfica pelo primeiro lugar do Grupo H — as duas equipes estão empatadas com 11 pontos, e os portugueses visitam hoje o Maccabi Haifa, em Israel.

Os parisienses, aliás, ainda não perderam nesta temporada. Contando todas as competições, são 15 vitórias e quatro empates 2022/23. No total, a invencibilidade já dura 28 partidas e mais de sete meses desde a derrota por 3 a 0 para o Monaco, em março.

Por causa da realização da Copa do Mundo, a fase de grupos desta temporada da Champions foi realizada de forma expressa. O número de rodadas foi mantido (seis), mas elas foram compactadas em menos de dois meses para terminar hoje. O sorteio dos confrontos das oitavas de final ficou para segunda-feira (7).

O sucessor do Real Madrid no posto de melhor time da Europa será conhecido em 10 de junho de 2023. O palco da final será o estádio Olímpico Atatürk, em Istambul (Turquia), originalmente escolhido como sede da decisão de 2021, que precisou ser transferida para Portugal por causa da pandemia da covid-19.

Média de gols com participação de Messi nos últimos 10 anos:

  • 2022/23 (PSG): 1,47 por partida
  • 2021/22 (PSG): 0,76 por partida
  • 2020/21 (Barcelona): 1,11 por partida
  • 2019/20 (Barcelona): 1,32 por partida
  • 2018/19 (Barcelona): 1,46 por partida
  • 2017/18 (Barcelona): 1,20 por partida
  • 2016/17 (Barcelona): 1,42 por partida
  • 2015/16 (Barcelona): 1,33 por partida
  • 2014/15 (Barcelona): 1,56 por partida
  • 2013/14 (Barcelona): 1,19 por partida