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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Atlético-MG vai manter nome e não jogará de azul se for vendido para o City

Hulk é o principal jogador do Atlético-MG, que está na mira do City - GLEDSTON TAVARES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Hulk é o principal jogador do Atlético-MG, que está na mira do City Imagem: GLEDSTON TAVARES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

09/03/2022 04h20

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Na mira do City Football Group, o Atlético-MG não precisará mudar de nome e nem utilizar a cor azul (a mesma do seu arquirrival, Cruzeiro) caso sua SAF (Sociedade Anônima de Futebol) seja vendida para o conglomerado dono do Manchester City.

O "Blog do Rafael Reis" apurou que, no caso de uma transação entre o fundo ligado à família real de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) e o atual campeão brasileiro, a empresa respeitaria 100% da identidade do clube mineiro.

E isso nem seria inédito na história do grupo. O Troyes, da primeira divisão francesa, e o Girona, que disputa a segundona espanhola, fazem parte da "família City", mas nem por isso abriram mão dos seus distintivos, uniformes e nomes tradicionais.

Portanto, não existe a possibilidade de o Atlético se transformar em "Belo Horizonte City", "Mineiro City" ou algo do gênero e nem de deixar de ser uma equipe alvinegra para adotar o azul celeste daqueles que seriam seus novos donos.

De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, colunista do UOL Esporte, a diretoria atleticana se reuniu no fim do ano passado com o CEO do City Group, Ferran Soriano, e discutiu a possibilidade de venda de uma futura SAF do clube para o fundo investidor.

O conglomerado acenou com a possibilidade de oferecer o equivalente a R$ 1 bilhão por 51% das ações do clube, o que lhe daria o controle acionário e administrativo do departamento de futebol. No entanto, não chegou a fazer uma oferta oficial para se tornar parceiro do Galo.

Três das 12 equipes tradicionalmente chamadas de "grandes" do futebol brasileiro já aderiram ao modelo de clube-empresa e venderam suas recém-criadas SAFs para investidores: Cruzeiro, Vasco e Botafogo.

O City Football Group existe desde 2013, mas seu embrião nasceu em 2008, quando o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, integrante da família real de Abu Dhabi, comprou o Manchester City. Desde a aquisição, a equipe inglesa, que estava longe de ser uma das maiores potências do seu país, já faturou cinco títulos da Premier League e chegou uma vez à final da Liga dos Campeões da Europa.

Contando todos os times da empresa, já são 42 taças levantadas em oito países diferentes. Só o Lommel (Bélgica) e o Sichuan Jiuniu (China) não foram campeões de nada desde que entraram para a "família".

Atualmente, o conglomerado possui dez clubes espalhados por quatro continentes. Aqui na América do Sul, seu representante é o Montevideo City, do Uruguai. O grupo também possui uma parceria, com o Bolívar, mas não é dono da equipe boliviana.

Carro-chefe do conglomerado, o Manchester City joga hoje (a partir das 17h, de Brasília) a partida de volta das oitavas de final da Champions, contra o Sporting, na Inglaterra.

Como já venceram em Portugal por 5 a 0, os comandados de Pep Guardiola estão com a classificação encaminhada e só deixarão a vaga escapar no caso de uma catastrófica derrota por pelo menos seis gols de diferença.

Os atuais campeões da Premier League inglesa estão novamente na liderança do campeonato nacional mais badalado do planeta. Os Citizens têm 69 pontos, seis de vantagem para o Liverpool, segundo colocado, que, no entanto, tem um jogo a menos