Emprestado pelo Palmeiras, Borja faz mais gols que "sonho" Borré

Campeão paulista, da Copa do Brasil e da Libertadores no ano passado, o Palmeiras já decidiu que sua prioridade no Mercado da Bola para a temporada 2021 é a contratação do atacante colombiano Rafael Santos Borré, um dos destaques do River Plate nos últimos anos.

Mas se a intenção do técnico Abel Ferreira é aumentar o poderio de fogo do time alviverde, há um outro reforço que pode ser considerado... e ele já está dentro da folha de pagamentos do clube.

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Emprestado ao Atlético Junior desde o começo do ano passado, Miguel Borja foi um dos principais goleadores do futebol sul-americano em 2020 e tem balançado as redes mais até do que o sonhado alvo palmeirense.

Desde que retornou a seu país de origem, o ex-camisa 9 do Palmeiras disputou 46 partidas oficiais e meteu 26 bolas nas redes (média de 0,57 gol por apresentação). Ele também foi o artilheiro do último Campeonato Colombiano, com 14 tentos.

Mesmo atuando em um dos clubes mais poderosos e vitoriosos do continente, Borré não conseguiu atingir a mesma frequência de gols. O centroavante do River marcou 15 vezes em 32 jogos (0,47 a cada 90 minutos) no mesmo período.

Ambos, no entanto, tiveram aproveitamento superior ao de Luiz Adriano. O titular do comando do ataque do Palmeiras tem média de 0,37 gol por partida a partir janeiro de 2020. Foram 20 tentos em 54 jogos.

Contratação mais cara da história do Palestra Itália (quase 10 milhões de euros ou R$ 66,5 milhões), Borja fez parte do elenco alviverde entre 2017 e 2019. Apesar de ter sido artilheiro da Libertadores 2018 e de ter vencido o Brasileiro no mesmo ano, nunca caiu nas graças da torcida, que o acusava de ser exageradamente displicente.

O empréstimo do atacante para o Junior vai até o meio do ano. Como tem contrato com o Palmeiras até dezembro (e possibilidade de extensão automática até 2023), o atacante, em tese, pode retornar ao Brasil no segundo semestre e reforçar o time nas retas finais das competições nacionais e da Libertadores 2021.

Já Borré ficará sem vínculo com o River em junho, o que possibilita que ele já assine um pré-contrato com outra equipe. Mesmo assim, sua contratação não será nada barata. O colombiano quer receber US$ 4,8 milhões de luvas (R$ 26,8 milhões) e mais um salário anual de US$ 2 milhões (R$ 11,7 milhões), já livres de impostos, por um contrato de pelo menos quatro anos.

Além do Palmeiras, o São Paulo também tem interesse no jogador de 25 anos, três a menos que Borja.

Atuando exclusivamente com reservas e com um jogo a menos que os seus oponentes, o Palmeiras ocupa a terceira colocação do Grupo C do Campeonato Paulista. O time alviverde somou quatro pontos em duas rodadas e está atrás de Ituano (sete) e Red Bull Bragantino (cinco).

A equipe que vem sendo dirigida interinamente por João Martins (já que Abel Ferreira tirou férias e foi para Portugal) ainda enfrenta a Ferroviária, amanhã (14), em casa, antes de o Estadual entrar em recesso devido ao endurecimento das medidas de combate à pandemia da covid-19.

Desempenho dos atacantes desde 2020

MIGUEL BORJA (Atlético Junior-COL)
Jogos: 46
Gols: 26
Média: 0,57 por partida

RAFAEL SANTOS BORRÉ (River Plate-ARG)
Jogos: 32
Gols: 15
Média: 0,47 por partida

LUIZ ADRIANO (Palmeiras)
Jogos: 54
Gols: 20
Média: 0,37 por partida