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O que há de pior na cartolagem do futebol perde um de seus maiores inimigos
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O repórter Andrew Jennings foi a pedra na chuteira da cartolagem do futebol mundial antes mesmo do FBI. Seus livros surgiram dando verdadeiros choques de realidade em quem imaginava o nosso esporte passando incólume diante de personagens desonestos que o vampirizaram por décadas.
O escocês os denunciou, escancarou os golpes e jogadas fora das quatro linhas com riqueza de detalhes em seus livros. "Foul - A história secreta da Fifa", no Brasil lançado como "Jogo Sujo - o Mundo Secreto da Fifa: Compra de votos e escândalo de ingressos", relata casos e nomeia personagens.
Tudo com riqueza de detalhes que não deixa dúvidas. Jennings esteve na contramão da mídia bajuladora de cartolas, aquela que optou pela parceria com quem faz o mal (no esporte) para se dar bem. Sua obra, consistente, segue viva após a morte do jornalista no sábado passado.
Em 2015, na CPI do Futebol, Andrew Jennings afirmou que Fifa e CBF são "entidades podres". Falava com segurança, clareza e domínio do tema quando apontava o que há de pior nos bastidores do futebol mundial. Não por acaso a entidade máxima do esporte chegou a lhe negar credenciamento.
Em duas oportunidades tive a chance de participar, como entrevistador, de edições do "Bola da Vez" quando Jennings esteve no centro do programa. Na primeira, em 2010, perguntei a ele sobre João Havelange, poderosos dirigente que por décadas foi paparicado por boa parte da mídia brasileira.
A resposta? Veja no vídeo abaixo.
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