Queda das receitas de pay-per-view já ameaça finanças de clubes brasileiros
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Ainda não é visível a reação do consumidor, mas já se espera, com certeza até, pelo impacto no pay-per-view (PPV) causado pela interrupção dos campeonatos estaduais. O blog apurou que em aproximadamente um mês será possível detectar o resultado inicial, com óbvia perspectiva de queda.
Nos pacotes vendidos pelas operadoras de TV paga, o PPV de futebol é embutido na assinatura, o cliente paga pelos 12 meses do ano o mesmo valor inserido no custo dos canais de TV e eventuais serviços avulsos. Isso, a princípio, dificulta o cancelamento quando a pessoa telefona com tal objetivo.
Além disso, as operadoras fazem um esforço para que as pessoas fiquem em casa, abrem canais de filmes, etc, com o intuito de manter a base. Mas não é tão simples isolar o fato que motiva a queda de assinaturas, devido ao empacotamento dos serviços de televisão em um só item na fatura.
Mas, internamente, elas conseguem identificar o valor referente ao PPV. Contudo, os Estaduais já não vinham bem em vendas, no Rio de Janeiro especialmente, pois o Flamengo não negociou seus direitos. A manutenção de base de assinantes do serviço tem sido uma missão difícil.
Historicamente há um aumento de vendas quando começa o Brasileiro, a dúvida é sobre qual será o crescimento e se de fato acontecerá, até pelos problemas financeiros das pessoas com a pandemia de coronavírus, a quarentena e o forte impacto nas finanças pessoais. As previsões preocupam.
Ouvido pelo blog, um executivo do setor estimou em 8% a 12% a provável queda do PPV de futebol devido à interrupção dos campeonatos, desde o início dos Estaduais, com o Campeonato Carioca sem o Flamengo; até o final de abril. O ponto é que esse problema pode se agravar adiante.
"Isso vai depender da expectativa dos assinantes. Se acreditarem que o futebol vai voltar em maio, ainda que com restrições, portões fechados; acho que vai ficar nisso aí. Mas sem previsão, os cancelamentos irão aumentar. Quando o futebol retornar, eles voltam gradativamente", analisa.
Mas o problema pode se agravar se o futebol continuar sem previsão de volta por muito tempo, entrando em maio sem que se saiba quando a bola voltará a rolar. Tal cenário faria o dinheiro se afastar do futebol em geral. "Por que alguém seguiria pagando que não tem previsão de "entrega"?, questiona.
Outro fator que aponta na direção da queda de receitas com pay-per-view é a queda de poder aquisitivo de assinantes com a recessão que a quarentena deve provocar. Cenário que, na crise, pode empurrar muitos na direção do cancelamento do que pode ser encarado como supérfluo.
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