Defesa invicta vira trunfo por Libertadores e até reservas empolgam Felipão
Para o Palmeiras se classificar às quartas de final da Libertadores, basta repetir o que tem feito até aqui sob o comando de Luiz Felipe Scolari: não sofrer gols. Após vencer o Cerro Porteño no Paraguai por 2 a 0, a equipe alviverde se colocou em ótima vantagem para o jogo da volta nesta quinta-feira (30), no Allianz Parque. E o cenário é ainda mais favorável pelo grande momento defensivo do time, que não sofre gols há nove jogos. Até os jogadores reservas vêm empolgando o treinador.
Felipão tem adotado um rodízio, priorizando a escalação dos titulares nos mata-matas da Libertadores e da Copa do Brasil, e usando uma equipe alternativa no Brasileiro. Os zagueiros desse "time B", Luan e Gustavo Gómez, têm agradado bastante o comandante com suas atuações recentes. Scolari chegou a dizer que, no futebol brasileiro, "não há igual" a Luan. Já Gómez tem impressionado pelo tempo de bola e força nos duelos com os atacantes.
A zaga titular, porém, deve seguir formada por Antônio Carlos e Edu Dracena, que também atravessam bom momento. Na lateral esquerda, Diogo Barbosa é o dono da posição, mas Victor Luís também tem agradado e é visto como opção segura em caso de necessidade.
Na outra lateral, a disputa está mais acirrada. Marcos Rocha era o titular indiscutível, mas uma sobrecarga muscular o tirou de alguns jogos e abriu espaço para uma ascensão de Mayke, outro que tem recebido elogios de Felipão. O técnico considera Rocha mais efetivo ofensivamente, mas prefere o posicionamento defensivo de Mayke, que é o favorito para sair jogando contra o Cerro após ter sido poupado diante do Internacional no fim de semana.
Por fim, no gol, Weverton tem feito tratamento intensivo para se recuperar das dores na coxa que o incomodam há algumas semanas. Tudo indica que o titular estará pronto para jogar contra o Cerro, mas Felipão já afirmou que tem confiança plena em Fernando Prass e Jailson e colocaria qualquer um dos dois em campo "de olhos fechados".
É claro que a melhora defensiva do Palmeiras com Scolari não passa apenas pelos zagueiros e laterais. Toda a estrutura do time foi modificada de forma a deixar a equipe menos exposta a contra-ataques e com jogadores em posições mais confortáveis para fazer coberturas. Bruno Henrique, por exemplo, tem subido menos ao ataque, enquanto Moisés joga perto do centroavante quando o time tem a bola, mas, sem ela, ajuda a dar combate no meio-campo.
O efeito da sequência sem sofrer gols tem sido também de elevar a confiança do time, que era muito cobrado por um desempenho mais consistente sob o comando de Roger Machado. Com todos esses ingredientes em cena, o Palmeiras tem diante do Cerro Porteño uma situação que, apesar de não permitir relaxamento, não traz nenhum vestígio de apreensão para o torcedor. Seja quem for que Felipão escolha para iniciar a partida decisiva, a segurança tem reinado na retaguarda alviverde.
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