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Guerrero quebra mais marcas e diz que não será difícil Corinthians renovar

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

02/04/2015 06h00

Decidir para o Corinthians e responder muitas, muitas mesmo, perguntas sobre renovação. Não fossem as marcas quebradas contra o Danubio-URU em exibição marcante por 4 a 0, a quarta-feira teria sido apenas mais uma como todas as outras para o sempre paciente e humilde Paolo Guerrero.

Mas foi diferente e, como ele mesmo disse, uma noite para não se esquecer no Itaquerão. Guerrero marcou três vezes no mesmo jogo pela primeira vez desde a chegada ao Corinthians, em 2012. E como não para de marcar, ele virou o segundo maior goleador corintiano no século ao atingir 54 e ultrapassar o atacante Gil, hoje no Juventus-SP. A marca que lidera fatalmente será quebrada, pois pertence a Dentinho, com 55.

"Acho que foi contra a Venezuela, pelo Peru", explica Guerrero sobre seu último hat-trick. "Foi incrível, um dia incrível para não se esquecer. Pelo menos pela minha parte. Isso me engrandece muito (os três gols) e agradeço aos companheiros pelo que fizeram", declarou.

As assistências da noite para ele foram de Elias, Emerson e Jadson, a quem Guerrero preferiu agradecer. Sempre a seu estilo, tranquilo, o que ele não pretende mudar. "Tenho que ficar com essa humildade que me caracteriza, ficar focado porque temos mais jogos importantes", lembrou.

E então, para Guerrero e o presidente Roberto de Andrade, vieram perguntas sobre renovação. "Não é difícil a situação do Corinthians, é um time grande e não vai ser difícil", analisou o peruano. "A fase do Corinthians economicamente não é tão boa, mas Roberto me pediu paciência e depois começamos a falar de renovação", comentou.

A dívida entre Corinthians e Guerrero é de aproximadamente R$ 2 milhões, mas há uma série de outros jogadores com pendências. Só quando isso for sanado, possivelmente até o fim deste mês, é que será retomada a conversa para renovar. Até o último encontro, em janeiro, a pedida do peruano seguia de US$ 7 milhões de luvas (na cotação de hoje, cerca de R$ 23 milhões).

"A nossa vontade que ele fique continua a mesma", disse Roberto. "Não tenho receio (de perder o jogador cujo contrato acaba em 15 de julho). Conheço Guerrero, sei do caráter dele. Se ele assinar pré-contrato, é porque não tem negociação. Estou muito tranquilo e ele também", explicou o presidente.