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Vietnã restringe acesso a italianos por vírus e F1 avalia se segue com GP

Sebastian Vettel, da Ferrari, durante teste coletivo no Circuito da Catalunha, na Espanha - Ferrari
Sebastian Vettel, da Ferrari, durante teste coletivo no Circuito da Catalunha, na Espanha Imagem: Ferrari

Colunista do UOL

03/03/2020 08h30

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O governo do Vietnã anunciou nesta terça-feira (03) que está suspendendo o programa de vistos automáticos para cidadãos italianos e impondo quarentena para quem tenha passado pelo país nos últimos 14 dias devido ao coronavírus. Trata-se de um obstáculo importante para a Fórmula 1 realizar sua primeira etapa na capital Hanói. A corrida está programada para dia 5 de abril.

A Coluna Pole Position entrou em contato com o representante da Liberty Media, que detém os direitos comerciais da categoria. A posição oficial da categoria é de "trabalhar com os envolvidos para encontrar uma solução". Já a Ferrari, uma das duas equipes baseadas na Itália, disse estar esperando pelas instruções da FOM (controlada pela Liberty Media) e pela Federação Internacional de Automobilismo.

Além da Scuderia, a AlphaTauri também é baseada na Itália, e o chefe Franz Tost já afirmou considerar injusto que o grid não esteja completo por conta de uma questão de saúde pública. Como o temor de restrições a viajantes que tenham passado pela Itália começou a aumentar na semana passada, quando os casos no país, que agora tem mais de 1700 doentes, começou a aumentar de maneira muito mais veloz que em outros lugares no mundo, as equipes italianas já estavam evitando que membros importantes de seus times retornassem ao país como precaução.

A Fórmula 1 também tem a italiana Pirelli como fornecedora de pneus. Porém, a maioria dos funcionários de operação nas corridas está baseada no Reino Unido, que ainda tem poucos casos e não sofre restrições de movimento de pessoas. E os pneus em si são fabricados na Turquia.

A quarentena imposta pelo governo vietnamita não significa que o GP terá de ser cancelado ou que Ferrari e AlphaTauri não estarão no grid, uma vez que existe a possibilidade de as equipes não retornarem à Itália depois das duas primeiras etapas, que acontecem na Austrália, dia 15 de março, e no Bahrein, no final de semana seguido. Recentemente, a F1 confirmou que a prova em Melbourne vai acontecer, e o Bahrein está trabalhando para agilizar a entrada de profissionais.

A Coluna Pole Position recebeu, da organização do GP, instruções para compartilhar com as autoridades os itinerários para que eles consigam fazer testes em todos os que passaram por determinados países (China, Irã, Iraque, Itália, Japão, Coreia do Sul, Malásia, Singapura e Tailândia) nos 14 dias anteriores ao voo. O mesmo deve acontecer com quem passar pelos Emirados Árabes Unidos, segundo os organizadores da prova barenita.

A Fórmula 1 ainda trabalha com o cenário de não ter de cancelar ou adiar nenhuma outra prova além do GP da China, que estava programado para dia 19 de abril. Mas foram restrições a quem tenha passado pela Itália que acabaram levando a MotoGP a cancelar o GP do Qatar a uma semana da abertura da temporada. A categoria também adiou a prova seguinte, que seria realizada na Tailândia.