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Brasileiras que vivem nos EUA ficam fora do time olímpico de refugiados

Duas brasileiras que fazem parte da equipe de refugiados da Federação Internacional de Levantamento de Peso (IWF) ficaram fora do time que vai à Olimpíada de Paris. A convocação, com 36 atletas de 11 países diferentes, foi anunciada hoje (2) pelo Comitê Olímpico Internacional.

A entrada de Aline Facciolla, 24, campeã mundial sub-17 na categoria até 48kg em 2017, e a da esposa dela, Monique Araújo, na equipe da IWF, foi divulgada pela newsletter do Olhar Olímpico há um ano. As duas nunca concederam entrevista a órgãos de imprensa para explicar por que têm status de refugiadas nos EUA, onde têm uma empresa de faxina. Aline deixou o Brasil após ser suspensa por doping.

Elas treinam na Flórida com Fernando Reis Saraiva, que cumpre suspensão por doping, As duas chegaram a disputar o Campeonato Mundial do ano passado, na Arábia Saudita, onde Monique terminou na oitava colocação da categoria até 87kg, levantando um total de 231kg. Na Olimpíada, porém, ela teria que entrar na categoria de mais de 81kg, em que as atletas classificadas levantam pelo menos 260kg. Aline foi 16ª na até 55kg.

Em Paris, a 'Equipe Olímpica de Refugiados' terá seu nome em francês, équipe olympique des réfugiés, daí a sigla EOR. Pela primeira vez o time um emblema próprio, com um coração no centro. Nas edições anteriores, competia sob a bandeira olímpica.

São 23 homens e 13 mulheres, originários da África, das Américas e da Ásia. Pela primeira vez, nenhum dos escolhidos mora no Brasil.

Para o esporte brasileiro, grande impacto é a convocação de Fernando Jorge, um cubano que desertou no México em 2022. Ele é o atual campeão olímpico do C2 1.000m e foi prata no Pan de Lima no C1 1.000m. A depender do treinamento dele, pode ser um rival de peso para Isaquias Queiroz.

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