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Milly Lacombe

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Roda Viva com Abel Ferreira: Sete homens e uma mulher

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em entrevista ao programa Roda Viva - Reprodução/TV Cultura
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em entrevista ao programa Roda Viva Imagem: Reprodução/TV Cultura

Colunista do UOL

22/03/2022 14h17

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O Roda Viva com Abel Ferreira teve na bancada de entrevistadores apenas uma mulher entre sete homens. Não é mais aceitável que seja essa a proporção.

Ah, mas tinha a apresentadora, dirão alguns. Mas a apresentadora em questão não é especialista em futebol e não estava ali por seus talentos na análise esportiva. E o fato de o programa ser comandado por uma mulher deveria justamente ser motivo para que a representatividade fosse alargada na bancada, especialmente se considerarmos que o tema futebol ainda é um reservatório imenso de machismo, de misoginia e de LGBTfobia - sem falar em racismo.

Temos mulheres brilhantes atuando profissionalmente na análise do jogo hoje: Alicia Klein, Marilia Ruiz, Ana Thais Matos, Renata Mendonça, Tayna Espinoza, Livia Laranjeira, Gabriela Moreira, Mariana Spinelli, Isabela Labate e Rafaelle Seraphim, para citar apenas algumas. Temos também minha amiga Amara Moira, mulher trans, palmeirense, professora de literatura, apaixonada por futebol e capaz de acrescentar ao debate um ponto de vista tão inédito quanto brilhante.

A revolução é também estética e teria sido importante ver mais corpos de mulher na bancada de um programa de relevância como é o Roda Viva.