Topo

Mercado da Bola

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Jorge Jesus é a melhor opção para substituir Tite na seleção

Jorge Jesus está livre no mercado desde dezembro de 2021 - GettyImages
Jorge Jesus está livre no mercado desde dezembro de 2021 Imagem: GettyImages

Bruno Andrade

Colunista do UOL

25/02/2022 12h08

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Sonhar com Pep Guardiola não custa nada, mas prefiro encarar a realidade com os pés no chão: Jorge Jesus é hoje uma opção muito mais viável para substituir Tite na seleção brasileira. Também é bastante interessante e, sobretudo, coerente.

É verdade que a segunda passagem pelo Benfica foi decepcionante, deixou marcas negativas dentro e fora do clube e evidenciou alguns problemas, como, por exemplo, a gestão de grupo, mas o português ainda tem muito mais prós do que contras.

Livre no mercado, o que facilitaria desde já uma discussão detalhada e sem pressa do projeto da CBF a partir de 2023, Jesus continua a enxergar o futebol como poucos, tem um nível de exigência diferenciado e sempre se mostrou interessado no cargo.

Conhece bem a realidade do Brasil e conta no vasto currículo com uma propaganda fortíssima: é o maior treinador da história do Flamengo, onde foi campeão de praticamente tudo. Venceu e, especialmente, convenceu.

Não ter a obrigação de trabalhar diariamente com os jogadores também pesa de forma positiva para JJ. Menos tempo de convívio, menos possibilidade de impasses e intrigas nos bastidores.

A caminho dos 68 anos, Jesus, que há décadas vive freneticamente a paixão pela bola, encontraria no retorno ao futebol brasileiro uma rotina mais "tranquila". Teria mais oportunidades para curtir a vida, a família e os amigos.

Mas nem tudo são flores. Ainda bem. Obviamente, a cobrança, a pressão e a exposição seriam impactantes. Nada que venha a assustar um treinador com experiência, qualidade, títulos e, não menos importante, um ego ímpar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL