Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Qual Tchê Tchê Cuca vai receber? O 'motorzinho' ou o 'perninha'?
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Tchê Tchê está de malas prontas para deixar o São Paulo e se reunir com Cuca no Atlético. Será a terceira vez em cinco anos que eles trabalharão juntos.
É curioso como alguns técnicos têm "xodós" e alguns jogadores se sentem mais à vontade com alguns treinadores. Mas que Tchê Tchê chegará às mãos de Cuca? O do Palmeiras ou o do São Paulo? O "motorzinho", como Cuca definiu em 2016? Ou o "perninha", como gritou Fernando Diniz na lateral do campo?
Importante frisar que Diniz se desculpou publicamente pelas ofensas a Tchê Tchê. Não é uma declaração "oficial" sobre o que ele acha do jogador - ao contrário dos elogios de Cuca.
Tchê Tchê explode em 2016, na campanha do Audax vice-campeão paulista com Diniz. Vai para o Palmeiras, de Cuca, e é peça fundamental do título brasileiro no mesmo ano. Fazia um bela dupla com Moisés, ajudava na marcação e chegava ao ataque. Foi chamado pelo treinador de "motorzinho" do time. Jogava de lateral, volante, meia. Nas arquibancadas, a polivalência era valorizada pela torcida.
Ele parte para a Ucrânia em 2018 e volta ao Brasil em 2019 - novamente pedido de Cuca, só que agora no São Paulo. Foram só seis meses de trabalho até Cuca sair do clube e Diniz entrar no lugar.
De "motorzinho" Tchê Tchê não teve nada na última temporada do São Paulo. Sim, ele manteve o carimbo de "polivalente". Foi titular de Diniz em várias posições e, quando saiu do time titular, voltou no lugar de qualquer um que fosse desfalque. Sim, é um jogador de boa qualidade de passe.
Mas e a intensidade? E a correria? Essas, sumiram. Considero que a insistência de Diniz com Tchê Tchê foi um dos erros do treinador da hora da derrocada - aliás, a explosão de Bragança, no primeiro jogo de 2021, foi um evento importante para contar a história do São Paulo no último Brasileiro.
Tchê Tchê não trazia uma qualidade de jogo tão grande quanto o problema que representava a falta de intensidade defensiva. No meu ponto de vista, um não compensava o outro. Foram vários os gols que o São Paulo tomou com Tchê Tchê assistindo passivamente ao adversário jogar.
Sejamos honestos. Ele nunca teve a característica de "cão de guarda", não é isso que Cuca está buscando com a contratação. Mas era um "todo terreno" em 2016 que não se viu em 2020.
Os times de Cuca são mais intensos na marcação que os de Diniz e jogam mais em velocidade na transição. São estilos muito diferentes de jogo - curiosamente, o estilo de trabalho dos técnicos não é tão diferente assim. Mas o jogo sim, e muito.
O Tchê Tchê que Cuca teve no Palmeiras pode ajudar muito o Galo. O Tchê Tchê da última temporada, nem tanto.
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