Santos mostra coragem, mas placar parece curto contra o Palmeiras
O Santos venceu a primeira final do Paulistão e agora precisa de um empate no Allianz para ser campeão. Difícil. Se o Santos mostrou coragem e coração diante de sua torcida, na Vila Belmiro, o Palmeiras mostrou que tem jogadores para mudar uma partida em que vinha mal, muito mal.
As substituições de Abel Ferreira mudaram completamente a dinâmica do jogo no segundo tempo. Com Rony, Lázaro, Vanderlan e Richard Ríos em campo, o Palmeiras passou a dominar a partida e ficou muito perto do empate.
Eu só não digo que o Palmeiras mereceu o empate porque levo em conta todo o contexto do jogo. E a verdade é que o primeiro tempo verde foi inexistente. O Santos teve a iniciativa por jogar em casa, é verdade, mas ficaram claras as limitações santistas - um domínio que não gerou qualquer chance de gol. O Palmeiras é quem poderia fazer muito mais, mas adotou uma postura defensiva, de buscar bolas longas para Endrick e López. Foi um primeiro tempo realmente pobre de um time tão competitivo.
O segundo tempo começou com o gol de Otero, após brilhante jogada de Guilherme. E, por alguns minutos, contra um rival desnorteado, o Santos teve a chance de ampliar o placar e, aí sim, ir para a segunda final com muito mais vida. Vieram, então as trocas de Abel e uma mudança importante de atitude por parte do Palmeiras.
Classificação e jogos
O Santos passou a defender o resultado, o Palmeiras ganhou o meio de campo e gerou volume de jogo. Rony e Lázaro entraram bem na partida e exigiram boas defesas de João Paulo. Quem faltou mesmo foi Raphael Veiga, que nunca conseguiu "entrar" na partida e ajudar o time.
O fato é que o Palmeiras sai derrotado na Vila, assim como saiu derrotado contra o Água Santa e, dois anos atrás, do Morumbi. Mostrou que tem jogadores para fazer algo melhor e tem tudo para vencer no Allianz Parque. O empate é santista. Mas o histórico é suficiente para considerar que o favoritismo ainda é palmeirense.
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