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Julio Gomes

Não podemos menosprezar o tal do futebol - apenas os dirigentes

Pedro comemora gol de empate do Flamengo contra o Palmeiras - Marcello Zambrana/AGIF
Pedro comemora gol de empate do Flamengo contra o Palmeiras Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

27/09/2020 18h26

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Acompanhei à distância a bizarra situação envolvendo o "joga-não joga" desta Palmeiras e Flamengo no domingo. Falar o quê? Muito foi falado. Muito tempo foi gasto.

Minha opinião é a mesma desde abril. Infelizmente, nosso país resolveu normalizar mortes e "conviver" com o coronavírus. Não era nem para ter jogo de futebol e os caras estão discutindo colocar torcida em estádio. É óbvio que teremos surtos em vários clubes de futebol e é óbvio que os protocolos não servem para bulhufas em nosso país.

O Flamengo teve uma atuação lamentável e foi a grande força por trás do retorno prematuro aos campos, então é natural que tenha sido bombardeado por tentar de todos os jeitos adiar o jogo.

Só que o tempo todo nós - e até os dirigentes, pelo jeito - nos esquecemos de um pequeno detalhe. Sempre que o Flamengo tiver 11 jogadores para colocar em campo, ele poderá ganhar um jogo de futebol. Ainda mais com o elenco que tem, tão superior a todos os outros. E o jogo era contra o Palmeiras! Que não perde de ninguém, mas joga uma bolinha assim pequenininha.

Não podemos menosprezar o tal do futebol. Podemos, sim, desprezar os dirigentes, que estragaram o melhor produto brasileiro de todos os tempos.

O Flamengo, todo remendado pelo contágio em massa de seus jogadores e funcionários, arrancou um pontinho em São Paulo contra um Palmeiras que, possivelmente, seja o maior derrotado da rodada - mesmo sem perder.