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Julio Gomes

Manchester City é o time a ser visto no retorno da Premier League

17/06/2020 04h00

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Depois da Alemanha, de Portugal, da Espanha, da Itália... chegou a hora de o futebol voltar na Inglaterra. A Premier League será reativada a partir desta quarta, com dois jogos: Aston Villa x Sheffield United e Manchester City x Arsenal. Serão jogos praticamente diários até o fim.

É um alívio o retorno da Premier, porque seria uma injustiça histórica o título do Liverpool ter um asterisco. O Liverpool precisa sair da fila de 30 anos no campo. Não vai poder ter festa com a torcida, carreata pela cidade, etc, mas já haverá tempo para isso.

O título do Liverpool é uma questão de tempo, mas é no vice-líder que estarei mais de olho nas nove rodadas finais. O Manchester City, de Guardiola, vai perder o trono para o time de Klopp, mas o grande objetivo é a Champions League - até porque, salvo sucesso no recurso, o City não poderá disputar as próximas duas edições da máxima competição europeia por ter desrespeitado o fair play financeiro.

Depois de tantos anos e tantos milhões de libras investidos, o City pode ter de esperar até 2023 para eventualmente levantar a orelhuda. Não é pouco. Melhor do que ganhar o recurso seria ganhar a própria Champions, não é mesmo?

Na temporada passada, a Champions teve final inglesa e quatro clubes da Premier nas quartas de final. Neste ano, sobrou só o City para tentar o título - Liverpool e Tottenham, os finalistas de 2019, caíram nas oitavas e o Chelsea, que levou de três do Bayern na ida, será provavelmente eliminado assim que o torneio voltar, em agosto.

Com 25 pontos a menos que o Liverpool na tabela, o Manchester City não tem qualquer chance de buscar o troféu. Então o grande objetivo de Guardiola é reencontrar o ritmo, ganhar confiança e embalo para tentar concretizar o sonho europeu. Na ida das oitavas, o City fez 2 a 1 no Real Madrid, no Bernabéu, e podia ter sido uma vitória mais elástica. Precisa confirmar a classificação sem torcida para chegar às quartas.

Vale lembrar que, depois de vencer duas das três primeiras Champions que disputou na vida (09 e 11, com o Barça), Guardiola nunca mais chegou sequer à final. Seus times parecem quase imbatíveis nas disputas por pontos corridos, mas têm fraquejado no mata-mata europeu. Será que o catalão pensa nisso? Encontrou os erros cometidos nos últimos anos, quando treinava o Bayern e já com o City? Tenho certeza que sim.

Três meses são tempo suficiente para gênios pensarem em genialidades. Vale lembrar que Guardiola surpreendeu todo mundo colocando Gabriel Jesus para ser o titular no Bernabéu, e o brasileiro correspondeu, sendo um dos melhores em campo. Haverá alguma surpresa hoje, contra o Arsenal? Ou para a restante da Premier? Ou será que ele guardará alguma carta na manga para usar lá adiante?